Por conta do lançamento do livro Autoportrait SIX SIX SIX, o blog da revista Aperture publicou uma conversa entre o fotógrafo camaronês Samuel Fosso e o curador nigeriano Okwui Enwezor, falecido no início de 2019. Fosso contou sobre a origem de seus autorretratos quando ainda era adolescente e como todo seu trabalho lida com questões de poder. E o site American Suburb X publicou uma detalhada resenha sobre o livro de Fosso: “seu trabalho não esconde seu interesse ou necessidade de fazer imagens que reflitam seu eu, suas fantasias e, mais recentemente, os mitos que ele canaliza a partir da posição que a vida lhe proporcionou através da luta, através da África e através de sua conversa interiorizada por meio de fotografia”.

 

Em seu podcast Working o novelista norte-americano Rumaan Alam entrevista o fotógrafo Paul Mpagi Sepuya. Os dois conversam sobre a intimidade nas imagens que Sepuya faz da cena gay e queer nos Estados Unidos e como ele entende a diferença entre ser fotógrafo e ser artista.

 

Em artigo para a plataforma Trigger, ligada ao FOMU (Foto Museum Bélgica), o crítico e professor de fotografia Fred Ritchin comenta os possíveis papéis da fotografia em tempos de pandemia, discutindo temas como o isolamento social, a fotografia como instrumento de colonização e como potencializar seus usos em situações de protestos, como os que aconteceram nos EUA após o assassinato de George Floyd.

 

No site da revista arte! brasileiros, como parte da série chamada Acervo Comentado Videobrasil, a obra O Espírito da TV, de Vincent Carelli, é comentada pelo curador e pesquisador Moacir dos Anjos. Realizado pelo projeto Vídeo nas Aldeias em 1973, o documentário de Carelli mostra reações do grupo indígena Waiãpi ao ver a própria imagem na TV.

 

A campanha #ForaGarimpoForaCovid é uma iniciativa das comunidades da Terra Indígena Yanomami para ajudar a expulsar, através de uma petição online que já conta com quase 400 mil assinaturas, os garimpeiros ilegais que estão espalhando a covid-19 pelas terras indígenas.

 

No canal do YouTube DW Documentary, da TV alemã Deutsche Welle, o documentário Preservando a história fotográfica de Gaza conta a história do resgate das fotografias do mais importante estúdio fotográfico da região de Gaza entre as décadas de 1940 e 1960. A reportagem mostra também um pouco da vida cotidiana nessa zona de guerra, controlada pelo Hamas e cercada por Israel.

 

O professor e pesquisador Carlos Henrique Siqueira traduziu para o português Ligação estratégica: amarração e sequência em fotolivros, texto de Tate Shaw em que analisa estratégias de sequenciamento de fotografias a partir de livros como A, de Gregory Halpern e The Mushroom Collector, de Jason Fulford

 

Na revista digital A Palavra Solta, a pesquisadora e curadora Pollyana Quintella analisa os sentidos das performáticas imagens de Jair Bolsonaro com a sua cloroquina. “O sentido é ambíguo como a própria natureza das imagens: o que parece cura é condenação, o que soa vital é pulsão de morte. Sabemos que a ambiguidade é marca da política bolsonarista, ao recorrer frequentemente a trollagem e ao bullying”.

 

A galeria francesa Le Bal oferece nos dias 29 e 30 de agosto o workshop Making Photobooks, duas aulas online e gratuitas com a curadora e pesquisadora japonesa Yumi Goto. É necessária a inscrição prévia.

 

O Encontros de Fotografia de Arles, tradicional festival francês adiado por conta da covid-19, apresenta três noites de conversas que serão transmitidas online. O evento começa na sexta 28 com uma fala do filósofo Edgar Morin e é possível assistir as transmissões no site do festival, que termina no domingo dia 30.

 

Até o próximo domingo, dia 30, acontece online o 31º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo. É possível ver filmes como Egum, curta-metragem de terror afro-surrealista de Yuri Costa; e Entre nós e o mundo, do diretor Fabio Rodrigo, que realiza um retrato emocional do momento de vida de sua prima Erika ao ter um de seus dois filhos, Theylor, de 16 anos, assassinado em uma abordagem policial e tem que se preocupar com o outro, Nicolas, de 17, que segue vivendo no mesmo bairro.

 

E também vai até domingo a SP – Arte 2020, este ano completamente online por conta da pandemia da covid-19. Além de apresentar os trabalhos dos artistas, diariamente uma agenda de eventos promove conversas, apresentações e performances. ///

 

 

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