Exposições

Uma seleção de exposições no Brasil para quem gosta de fotografia

Publicado em: 14 de junho de 2018

Veja uma seleção de exposições no Brasil (e, aqui, no exterior) para quem gosta de fotografia:

 São Paulo

 

Conflitos: fotografia e violência política no Brasil 1889-1964

 

As fotografias da exposição contradizem a imagem do Brasil como país pacífico e oferece um olhar sobre a história nacional que colabora na compreensão da atual crise política. Com um panorama de imagens de guerras civis, revoltas e outros episódios de confronto envolvendo o Estado brasileiro, Conflitos aborda o papel das imagens fotográficas nesses eventos, seu uso político e suas formas de circulação.

IMS Paulista, até 29 de julho

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Seydou Keïta

Ao longo de sua carreira, Seydou Keïta (1921-2001) produziu inúmeros retratos dos habitantes de seu país. Em seu estúdio, localizado perto da estação ferroviária de Bamako, registrava as expressões, os vestuários e os gostos dos visitantes que passavam por lá. Realizadas entre 1948 e 1962, suas imagens também mostram um período de transformação no Mali, quando o país caminhava rumo à sua independência, em 1960.

A mostra do IMS inclui 48 tiragens vintage, em formato de 18 x 13 cm, ampliadas e comercializadas pelo próprio Keïta em Bamako, nenhuma delas jamais mostrada no Brasil. As demais 88 obras são fotografias ampliadas na França, sob a supervisão de Keïta, ao longo da década de 1990, quando sua obra é redescoberta no país e também nos Estados Unidos.

IMS Paulista, até 29 de julho

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São Paulo, fora de alcance

Vila Congonhas #1, de Mauro Restiffe, São Paulo, fora de alcance. Projeto realizado pelo Instituto Moreira Salles.

A exposição é o resultado de muitas caminhadas diárias que o fotógrafo realizou durante cerca de três meses em bairros centrais e periféricos, como Brás, República, Pinheiros, Vila Congonhas e Itaquera. Conhecido pelas séries fotográficas que desenvolve em torno de questões urbanas de relevância histórica, política e arquitetônica, Restiffe produziu centenas de fotografias com a câmera Leica e o filme preto e branco de alta sensibilidade que fazem parte sua poética artística.

IMS Paulista, até 26 de agosto

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Programa de Exposições de 2018

A mostra do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo apresenta o trabalho de sete artistas selecionados via edital, entre eles o fotógrafo Marlos Bakker [foto], que apresenta o filme SDDS 3404, feito a partir de imagens de aviões decolando e aterrisando coletadas de um grupo de Whatsapp de aficionados por este tema; e a dupla de artistas Ricardo Burgarelli e Hortencia Abreu, que apresenta a instalação Só à distancia mostra-se os dentes, pesquisa artística sobre o imaginário da Guerra do Paraguai (1864-1870) feita a partir de colagens, fotografias e vídeos. Também fazem parte da exposição os artistas Anna Costa e Silva (Eter), Elaine Arruda (Mastarel), Gsé Silva (Écfrase – Frases de mãe), Santidio Pereira (O preto no branco, sobreposição e nuances) e a dupla Janaina Barros e Wagner Leite Viana (Mau olhado – bem olhado).

Centro Cultural São Paulo, até 9 de setembro

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Equações da metrópole

A exposição traz 124 obras do acervo fotográfico do Museu da Cidade de São Paulo abordando um período de 140 anos (entre 1862 e 2002) em que as diversas fases da história da cidade pode ser observado nas paisagens, na arquitetura e nas fotografias de seus habitantes. São imagens de fotógrafos como Aurélio Becherini, Aristodemo Becherini [foto], Carlos Moreira, Chico Vizzoni (Estúdio Vizzoni), Cláudia Alcóver, Cristiano Mascaro, German Lorca, Marc Ferrez, Michael Robert Alves Lima, Militão Augusto de Azevedo e Valério Vieira, entre outros.

Museu da Cidade de São Paulo, até 30 de setembro

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Rio de Janeiro

 

Extração inframundo

A mostra percorre seis anos da trajetória do fotógrafo mineiro Pedro David, com as séries fotográficas Madeira de lei, Terra vermelha e 360 Metros quadrados, as esculturas da série Ossos e o vídeo Campo clone, estes dois últimos trabalhos inéditos. O artista busca interpretar com a sua produção as relações entre o homem e o seu ambiente.

Galeria da Gávea, até 27 de julho

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Corpo a corpo: A disputa das imagens, da fotografia à transmissão ao vivo

A exposição Corpo a corpo celebra a nova produção brasileira em fotografia, cinema e vídeo através de sete trabalhos de Bárbara Wagner, Coletivo Garapa, Jonathas de Andrade, Letícia Ramos, Mídia Ninja e Sofia Borges [foto].

Os artistas foram convidados a pensar sobre o retrato, individual ou coletivo, e sobre como as imagens podem nos ajudar a enxergar os conflitos sociais que emergiram no Brasil nos últimos anos. O mote é o uso do corpo como um elemento de representação social e atuação política – seja pela presença física e simbólica nos espaços públicos, seja como o veículo condutor da câmera, seja como lugar de expressão da individualidade, que aproxima e separa os indivíduos.

IMS Rio, até 19 de agosto

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Feito poeira ao vento

A exposição mostra parte do acervo de fotografia do Museu de Arte do Rio – MAR, com cerca de 250 imagens de 112 artistas, que vão desde o século 19 até os dias de hoje. Feito poeira ao vento apresenta trabalhos de nomes como Marc Ferrez, Kurt Klagsbrunn, Pierre Verger, Walter Firmo, Evandro Teixeira, Guy Veloso [imagem], Rodrigo Braga, Marcos Bonisson e Rogério Reis, entre outros.

Museu de Arte do Rio, até 1 de julho de 2018

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Sergio Larrain

O fotógrafo chileno Sergio Larrain atravessou o mundo da fotografia como um meteoro, constituindo em poucos anos uma obra riquíssima, marginal e genial. Esta ampla retrospectiva de seu trabalho, organizada pela curadora francesa Agnès Sire, dá conta de toda a sua produção: o começo fotografando crianças de rua em Santiago, a série de viagens profissionais, o trabalho como correspondente internacional, membro da agência Magnum, o olhar amadurecido de volta à terra natal, até sua precoce retirada, quando faz opção por uma vida de isolamento e meditação.

IMS Rio, até 9 de setembro

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O Caso Flávio – O Cruzeiro x Life: Gordon Parks no Rio de Janeiro e Henri Ballot em Nova York

Em cartaz no IMS Rio, a exposição apresenta as fotografias e a história sobre o embate editorial entre as revistas O Cruzeiro e Life ocorrido em 1961 e provocado por uma matéria de capa da revista americana, clicada por Gordon Parks, que mostrava a miséria de uma favela carioca. A resposta imediata da revista O Cruzeiro veio pelas lentes do franco-brasileiro Henri Ballot, que registrou uma área degradada de Nova York.

IMS Rio, até 30 de setembro

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Brasília

 

José A. Figueroa – Um autorretrato cubano

Retrospectiva do fotógrafo cubano José A. Figueroa apresenta imagens que acompanham várias fases do desenvolvimento de Cuba, desde os primeiros anos de Revolução até os dias atuais. Figueroa é considerado um dos precursores na transição da fotografia documental para a conceitual, tanto em Cuba quanto em toda a América Latina.

Caixa Cultural, até 19 de agosto

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Porto Alegre

 

Moderna para sempre

A exposição itinerante Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural tem como foco o movimento modernista fotográfico brasileiro, muito importante na discussão sobre a prática da fotografia. Estão expostas obras de diversos fotógrafos modernistas brasileiros, como Geraldo de Barros [foto], José Oiticica Filho, José Yalenti, Marcel Giró, Thomas Farkas e Paulo Pires.

Instituto Iberê Camargo, até 15 de julho

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Fortaleza

 

Luz e sombra – Christian Cravo

A exposição é fruto dos registros de viagens que o fotógrafo Christian Cravo fez a sete países africanos: Namíbia, Zâmbia, Botsuana, Quênia, Tanzânia, Congo e Uganda. Em preto e branco, as imagens criam recortes nas paisagens e corpos dos animais, destacando texturas e formas.

Museu da Fotografia Fortaleza, até julho de 2018

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Poços de Caldas

 

Modernidades fotográficas, 1940-1964

O Brasil de meados do século 20 é um país em plena transformação. O ímpeto de modernizar a vida social atinge todos os âmbitos, da economia à política, da cultura ao cotidiano, sempre num ritmo acelerado. Modernidades fotográficas visita esse período entre o regime Vargas e o golpe militar de 1964 pelos olhos de quatro grandes testemunhas de seu tempo: José Medeiros, Marcel Gautherot, Thomaz Farkas e Hans Gunter Flieg. Quatro fotógrafos incontornáveis, justamente por não pertencerem a uma mesma escola ou corrente, e sim por sua diversidade: de origem, de estilo, de interesse, de atuação, num arco que vai do jornalismo à experimentação formal, passando pela fotografia utilitária. O resultado é de grande variedade temática e estilística, sem fórmula única – e de enorme riqueza como figuração de um país tão vasto e contraditório, que só se deixa capturar pela soma de múltiplos olhares.

IMS Poços, até 30 de setembro

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