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Retrospectiva: as melhores matérias de 2017

Publicado em: 27 de dezembro de 2017

Para fechar o ano, ZUM apresenta uma retrospectiva das melhores e mais lidas matérias publicadas em 2017. Conheça os 12 textos de maior destaque.

 

Terrorismo em cena: fotógrafos e jornalistas falam sobre a polêmica foto do ano do World Press Photo 2017

Burhan Ozbilici, Mevlüt Mert Altıntas após assassinar a tiros o embaixador russo na Turquia, Andrei Karlov, em uma galeria de arte, 19/12/2016.

Fotógrafos e jornalistas brasileiros opinam, no site da ZUM, sobre a polêmica fotografia de Burhan Özbilici, que mostra o assassino do embaixador russo na Turquia dando um grito e apontando para o alto, pistola em mãos, logo após disparar contra o diplomata. Foi a Foto do Ano do prêmio World Press Photo e, com a honraria, vieram críticas de que ela ampliaria a voz do terrorismo, mas também a defesa de uma fotografia que um dos jurados chamou de “a cara do ódio”.

 


Autora destrincha o papel da fotografia e do turismo na construção do homem moderno

A professora Lívia Aquino expõe em livro as implicações históricas da junção de fotografia e turismo, que teve na Kodak seu ponto de ebulição – e que segue repercutindo a cada selfie feita. Leia a resenha do crítico Mauricio Puls.

 


O inventário antirromântico de Gabriel Mascaro na série Desamar

Imagem da série Desamar, de Gabriel Mascaro

Resenha da série fotográfica Desamar, do cineasta pernambucano Gabriel Mascaro. Com retratos em que pessoas recortam a imagem do seu “ex-amor”, o artista constrói um inventário antirromântico em torno desse gesto de vingança radical.

 


O que nos revela a estética da delação premiada?

Frame do vídeo Estética da delação premiada, de Giselle Beiguelman e Nelson Brissac

A artista Giselle Beiguelman e o filósofo Nelson Brissac Peixoto se debruçam sobre as imagens dos depoimentos dos envolvidos na delação premiada da operação Lava Jato e discutem a relação entre o descuido estético das gravações e a banalidade com que a corrupção é tratada.

 


Revolucionário, Flusser antecipou questões sobre o papel da imagem nos dias de hoje

A câmera no espelho, foto do Google Art Project*

O ensaísta Cesar Baio comenta a atualidade do pensamento do filósofo tcheco naturalizado brasileiro. “Talvez tenha sido necessário chegar até o estágio atual da sociedade pós-industrial para compreender o alcance do pensamento do filósofo, uma vez que agora é possível delinear com precisão os problemas que surgem quando as máquinas passam da produção de ‘coisas’ (capitalismo industrial) à produção de símbolos (capitalismo informacional).”

 


Larry Sultan e o avesso da mitologia familiar no fotolivro “Fotos de casa”

Larry Sultan, do livro Fotos de casa, 2017. Cortesia do acervo Larry Sultan e Mack.

O crítico português Humberto Brito escreve sobre o livro Fotos de casa, do americano Larry Sultan, que retrata o cotidiano da vida conjugal de seus pais: “Não o casamento tal como eles desejariam projetar, encarnando imagens de sucesso. Antes, o casamento tal como visto por Larry: estafado, mas solidário, sustentado na amizade, na duração, na compreensão, na monotonia, porventura no mútuo benefício, mas também na saúde, na doença etc.”

 


Entrevista: pesquisadora da fotografia não humana, Joanna Zylinska destaca o valor da criatividade na interação homem e máquina

Série Park Road, Londres, de Joanna Zylinska, realizada com imagens do Google Street View, 2011

A professora e pesquisadora polonesa Joanna Zylinska discute os aspectos filosóficos e artísticos da fotografia diante da atual dinâmica entre produtores e consumidores de imagens, entre os celulares e nós. “A ideia da fotografia não humana diz respeito ao fato de que hoje, na era dos circuitos fechados de TV, imagens de satélite, escaneamento corporal e afins, a fotografia está cada vez mais descolada da interferência e da visão humana.”

 


A arte brasileira e a crise de representação

Série Postcards from Brazil, de Gilvan Barreto, 2016

O colunista Moacir dos Anjos comenta o estado atual da arte brasileira: “As artes visuais no Brasil têm produzido (salvo evidentes exceções), ao longo de décadas, um tipo de representação em que quase não cabem os indícios das exclusões e das interdições que marcam a dinâmica da sociedade brasileira.”

 


Arquitetura e identidade: a extravagância neo-andina nas fotografias do nipo-brasileiro Tatewaki Nio

Série Neo-andina, de Tatewaki Nio, 2015.

O crítico Guilherme Wisnik escreve sobre o trabalho do fotógrafo nipo-brasileiro Tatewaki Nio, que foi até a cidade de El Alto, no altiplano boliviano, para retratar a extravagante arquitetura de Freddy Mamani e seus salões de eventos. “Nio realiza uma foto que potencializa o seu realismo fantástico, o seu aspecto ao mesmo tempo lúdico e sinistro, que aponta a falta de profundidade das coisas, sua superficialidade agressivamente colorida.”

 


A crise do fotojornalismo e o caso do falso fotógrafo de guerra Eduardo Martins

Com um perfil inventado, o misterioso Eduardo Martins enganou agências e publicações no mundo todo. Na opinião do fotógrafo Ignácio Aronovich, o caso revela a fragilidade do modelo de negócios da fotografia jornalística e o falso glamour em torno dos profissionais que trabalham na cobertura de grandes conflitos.

 


Entrevista: o filósofo François Soulages e a estética da fotografia na era digital

Anamnesis, 2016, de Bernard Koest. Fotografia cedida pela autor.

O filósofo e pesquisador francês François Soulages, autor do livro Estética da fotografia – perda e permanência, lançado há duas décadas, conversou sobre a fotografia digital, a popularização das selfies, o alcance das “imagens fluidas” e a genealogia das imagens de imagens.

 


Jonathas de Andrade e Charles Wagley: “Nós, mestiços”

Série Eu, mestiço, parte da exposição Corpo a corpo: a disputa das imagens, da fotografia à transmissão ao vivo, no IMS Paulista. Crédito da foto: Pedro Vannucchi

“A questão racial nunca foi falsa no Brasil. Ela contém um processo de invisibilidade, de silenciamento, mal contido nessas coleções de traços, estereótipos, modelos de beleza e de feiura que construíram verdadeiras gramáticas visuais”. A antropóloga Lilia Schwarcz discute o racismo na cultura brasileira ao tratar da obra Eu, mestiço, de Jonathas de Andrade, parte da exposição Corpo a corpo: a disputa das imagens, da fotografia à transmissão ao vivo, em cartaz no IMS Paulista até 31 de dezembro.

 

 

 

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