Uma seleção de exposições no Brasil para quem gosta de fotografia
Publicado em: 4 de fevereiro de 2020Veja uma seleção de exposições no Brasil (e, aqui, no exterior) para quem gosta de fotografia:
São Paulo
Adrià Julià: Nem mesmo os mortos sobreviverão
Primeira exposição individual do artista espanhol no Brasil, a mostra Adrià Julià: Nem mesmo os mortos sobreviverão, coloca em questão as implicações das técnicas de reprodução, impressão e autenticação que pautaram a organização do fluxo das imagens nos primórdios da fotografia. Desde 2011, Julià tem pesquisado sobre os experimentos fotográficos, por vezes fracassados, de Hercule Florence (Nice, 1804 – Campinas, 1879), que se estabeleceu no Brasil no século 19.
Pinacoteca, até 16 de fevereiro de 2020
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León Ferrari: Nós não sabíamos
Para a presente exposição, a Pinacoteca apresenta 94 trabalhos que incluem duas séries doadas pelo artista ao museu: L’Osservatore Romano (2007) e Nunca Más (2006). Ambas pertencem a um lote oferecido por ocasião de sua exposição Poéticas e políticas, 1954-2006, realizada na instituição em 2006.
Pinacoteca, até 24 de fevereiro
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Susan Meiselas – Mediações
Retrospectiva da fotógrafa norte-americana Susan Meiselas (1948) reúne obras de 1970 até os dias de hoje. Integrante da agência Magnum desde 1976, Meiselas tornou-se conhecida principalmente pelo trabalho em zonas de conflito na América Central, em especial por suas poderosas fotos da revolução sandinista na Nicarágua. Cobrindo uma vasta gama de temas – direitos humanos, identidade cultural e indústria do sexo, por exemplo –, ela mistura fotos com filmes, vídeos, documentos e imagens de arquivo para construir relatos que têm os fotografados como protagonistas.
IMS Paulista, até 1 de março de 2020
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Anna Bella Geiger: Brasil Nativo / Brasil Alienígena
Organizada pelo MASP em parceria com o Sesc São Paulo, a mostra reúne cerca de 190 obras, dos anos 1950 aos dias de hoje, em diferentes formatos, suportes e linguagens, revelando a amplitude do trabalho de Geiger. A exposição abrange a abstração informal, o interesse da artista pelo interior do corpo humano, o autorretrato, mapas, geografias, paisagens, equações, bem como a crítica do sistema das artes e a análise de questões políticas e históricas do Brasil.
MASP e Sesc São Paulo, até 1 de março
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Sob ataque – Coletivo Garapa
Idealizada pelo coletivo Garapa, a exposição é uma iniciativa que se debruça sobre o território hoje conhecido como Cracolândia, em São Paulo. O projeto mapeia, a partir da fotografia do imóvel da Rua Helvetia, 2, bombardeado durante a Revolução Paulista de 1924, outras explosões e eventos de violência ocorridos naquele espaço desde então.
A mostra reúne uma iconografia vinda de diferentes acervos documentais, como os do Instituto Moreira Salles, da Fundação Energia e Saneamento e da própria Casa da Imagem, além de registros fotojornalísticos contemporâneos. Entre as imagens de arquivo, duas se destacam de modo especial: um postal de Gustavo Prugner, de 1924 (cedido pelo IMS), e uma reprodução do panorama de Valério Vieira, de 1922. Além destas imagens, fazem parte da exposição um conjunto de fotografias criadas pelo Coletivo Garapa a partir da encenação de explosões na região, registros históricos sem autoria declarada e imagens de fotojornalistas contemporâneos.
Casa da Imagem, até 15 de março de 2020
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Revelando Hilda Hilst
Por ocasião dos 90 anos do nascimento da escritora paulista Hilda Hilst (1930-2004), o MIS apresenta a exposição Revelando Hilda Hilst. O projeto apresenta uma exposição de retratos de Hilda, alguns deles inéditos, desenhos de sua autoria nunca antes exibidos em público e quinze edições originais dos livros de Hilda. A mostra se completa com a instalação sonora Rede Telefonia, de Gabriela Greeb e Mario Ramiro, na qual é possível ouvir a voz da autora por intermédio de gravações originais realizadas na década de 1970, quando ela tentava se comunicar com o além. [foto: Edu Simões]
MIS, até 15 de março
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Retratos de mulheres por mulheres
A mostra apresenta uma seleção de retratos de importantes fotógrafas contemporâneas como Claudia Andujar [foto], Maureen Bisilliat, Cris Bierrenbach, Marcela Bonfim, Luisa Dorr, Denise Camargo, Ana Carolina Fernandes, entre outras. Utilizando linguagens variadas, as artistas partem da fotografia para discutir temas como beleza, empoderamento, feminismo, sexualidade, direitos humanos e identidade.
Centro Cultural Fiesp, até 3 de maio
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Arquivo Peter Scheier
A exposição é resultado de um mergulho no arquivo de aproximadamente 35 mil imagens do fotógrafo alemão Peter Scheier (1908-1979), realizadas entre as décadas de 1940 e 1970, e pertencentes ao Instituto Moreira Salles. A mostra destaca a passagem de Scheier pela revista O Cruzeiro, nos anos 1940, seus registros sobre o nascimento de instituições como o Museu de Arte de São Paulo e a Bienal de São Paulo, nos anos 1950, bem como sua colaboração com arquitetos como Rino Levi e Lina Bo Bardi.
IMS Paulista, até 24 de maio
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Rio de Janeiro
Marc Ferrez – Território e imagem
A exposição Marc Ferrez: Território e Imagem mostra a extensa obra do fotógrafo realizada por todo o Brasil ao longo de mais de 50 anos de sua atuação profissional, entre 1867 e 1923. Marc Ferrez (1843–1923) percorreu as regiões Nordeste, Norte e Sudeste como fotógrafo oficial da Comissão Geológica do Império do Brasil (1875-1878), e as regiões Sul e Sudeste como fotógrafo das principais ferrovias em construção e modernização naquele momento.
IMS Rio, até 15 de março
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O cérebro (e a caminhada)
Para homenagear os 90 anos do nascimento do cineasta italiano Federico Fellini, a exposição O cérebro (e a caminhada) de Guido Anselmi utiliza parte das imagens originalmente selecionadas para a exposição 8 ½ di Federico Fellini nelle fotografie inedite di Paul Ronald, apresentada em 2019 na Galleria delle Immagini de Rimini (Emilia-Romanha, Itália). As fotografias integram a Coleção Antonio Maraldi do clássico filme felliniano 8 ½.
MAM Rio, até 15 de março
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Rua!
A mostra coletiva Rua! reúne cerca de 80 obras, entre fotografias, vídeos, grafites e esculturas – de artistas como Carlos Vergara, Evandro Teixeira, Paula Trope, Guga Ferraz, Tiago Sant’Ana [foto] e Tia Lúcia, entre outros – que integram a Coleção MAR, além de cinco grafiteiros convidados para criarem trabalhos especialmente para a mostra – Panmela Castro, Cruz, Rack, Ramo Negro e Coletivo I love MP.
Museu de Arte do Rio, até abril de 2020
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Belo Horizonte
Man Ray em Paris
Apresentada pela primeira vez no Brasil, a exposição Man Ray em Paris abrange a imensa e multiforme obra de Man Ray. Conhecido principalmente por sua fotografia, mas também criador de objetos, realizador de filmes e faz-tudo genial, Man Ray chega a Paris em 1921, onde permanece até a Segunda Guerra Mundial e para onde retorna definitivamente em 1951. Esta exposição apresenta, por meio de quase 250 obras, a lenta maturação de Man Ray, das primeiras obras dadaístas ao retrato e à paisagem, da moda às imagens surrealistas, de seus trabalhos comerciais a uma seleção de seus objetos e filmes.
Centro Cultural Banco do Brasil, até 17 de fevereiro
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Chichico Alkmim, fotógrafo
A exposição abrange a totalidade da produção do fotógrafo em Diamantina (MG), sua cidade natal. São 251 obras feitas na primeira metade do século passado e que narram visualmente a construção social, racial e histórica do povo mineiro. A mostra é realizada em parceria com o IMS, e já passou pelas três sedes do Instituto (Rio de Janeiro, São Paulo e Poços de Caldas).
Palácio das Artes, até 23 de fevereiro
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Curitiba
Mariana – Christian Cravo
O Museu Oscar Niemeyer (MON) apresenta a exposição Mariana, do fotógrafo baiano Christian Cravo. Baseada no livro de mesmo nome, a exposição traz 28 fotografias que retratam as memórias de uma das maiores tragédias ambientais do país: o rompimento da barragem de Fundão, que matou 19 pessoas e desabrigou centenas de famílias em Mariana (MG) em 2015.
Museu Oscar Niemeyer, até 1 de março
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Poços de Caldas
São Paulo, fora de alcance
A exposição é o resultado de muitas caminhadas diárias que o fotógrafo realizou durante cerca de três meses em bairros centrais e periféricos, como Brás, República, Pinheiros, Vila Congonhas e Itaquera. Conhecido pelas séries fotográficas que desenvolve em torno de questões urbanas de relevância histórica, política e arquitetônica, Restiffe produziu centenas de fotografias com a câmera Leica e o filme preto e branco de alta sensibilidade que fazem parte sua poética artística.
IMS Poços, até 15 de março de 2020
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