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Uma seleção de exposições pelo mundo para quem gosta de fotografia

Publicado em: 17 de janeiro de 2020

Veja uma seleção de exposições no mundo (e, aqui, no Brasil) para quem gosta de fotografia:

 

Querida – Um autorretrato através dos olhos dos meus amantes

A fotógrafa sueca Jenny Rova expõe uma série de fotografias feitas por ex-namorados e amantes durante o relacionamento com Rova. O resultado é um conjunto de imagens que se estende por mais de 25 anos, e pode ser visto tanto como um grupo de autorretratos ou como retratos indiretos de cada um dos fotógrafos. Esse tipo de trabalho, explorado pela artista em outras séries e projetos, se tornou um método para ela explorar a si mesma e também uma maneira de mostrar como construímos uma identidade através da maneira como os outros nos veem.

Museu Västerbottens, Estocolmo, Suécia, até 26 de janeiro

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Eamonn Doyle

Com a trilogia formada pelos trabalhos i, ON, End. e a série K, o irlandês Eamonn Doyle tornou-se um nome conhecido internacionalmente na fotografia contemporânea. A exposição apresenta as chamadas “gravações” fotográficas de Doyle, cujo trabalho está intimamente ligado à música e sua cidade natal, Dublin.

Fundação Mapfre, Madrid, até 26 de janeiro

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Henri Cartier-Bresson: China, 1948-1949 | 1958

Em 25 de novembro de 1948, Henri Cartier-Bresson foi contratado pela revista Life para fotografar os “últimos dias de Pequim” antes da chegada das tropas maoístas. Bresson ficou cerca de dez meses, principalmente na região de Xangai, testemunhando a queda da cidade de Nanjing e deixando o país alguns dias antes da proclamação da República Popular da China (1 de outubro de 1949). O fotógrafo retornou à China em 1958, quando se aproximava o décimo aniversário da revolução maoísta, mas sob condições completamente diferentes: limitado por um guia acompanhante por quatro meses, ele viajou milhares de quilômetros para registrar os resultados da Revolução e a industrialização forçada das áreas rurais.

Fundação Cartier-Bresson, Paris, até 2 de fevereiro

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O olhar das coisas: Fotografia japonesa no contexto da Provoke

O Centro de Artes Bombas Gens apresenta um recorte da coleção Per Amor a l’Art, um dos mais importantes acervos privados de fotografia japonesa. O foco da exposição é a chamada Geração Provoke, um grupo de fotógrafos que se reuniu em torno da revista de mesmo nome entre 1957 e 1972, com nomes como Nobuyoshi Araki, Daidō Moriyama, Yutaka Takanashi, Kikuji Kawada e Shōmei Tōmatsu, entre outros.

Centro de Artes Bombas Gens, Valencia, Espanha, até 2 de fevereiro de 2020

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Ilusões do fotógrafo: Duane Michals no Morgan

Desde o início da década de 1960, o fotógrafo norte-americano Duane Michals vem trabalhando além do que considera os limites da câmera: escreve nas margens de suas fotos impressas, cria sequências de imagens que exploram dilemas humanos (dúvida, mortalidade, desejo) e obtém efeitos poéticos de erros técnicos, como a dupla exposição e o desfoque de movimento. Ilusões do fotógrafo combina uma retrospectiva de sua carreira – a primeira a ser organizada por um museu da cidade de Nova York – com uma exploração feita por Michals no acervo do Morgan, retirando dali obras de mentores tão variados quanto William Blake, Edward Lear e Saul Steinberg.

Morgan Museu e Biblioteca, Nova York, até 2 de fevereiro

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Clicado no Soho

A exposição homenageia o bairro londrino do Soho, conhecido por sua diversidade cultural, local de resistência política e gerador de novas tendências. A mostra destaca o trabalho de renomados fotógrafos que registraram a localidade em diferentes épocas, como William Klein [foto], Anders Petersen e Corinne Day, ao lado de nomes cujos trabalhos no Soho são menos conhecidos, como Kelvin Brodie, Clancy Gebler Davies e John Goldblatt, entre outros.

Photographers Gallery, Londres, até 9 de fevereiro

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A vida e a época de Alvin Baltrop

Nascido no bairro nova-iorquino do Bronx, Alvin Baltrop deixou um trabalho importante após sua morte prematura em 2004 e que só agora está recebendo a atenção que merece. Como as imagens surpreendentes de Peter Moore, Robert Mapplethorpe, Peter Hujar e Gordon Matta-Clark, as fotografias de Alvin Baltrop celebram a cidade de Nova York em um momento de ruptura em meio à ruína e ao caos. A exposição apresenta mais de 200 fotografias da coleção permanente do Museu do Bronx e de coleções particulares.

Museu do Bronx, Nova York, até 9 de fevereiro

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Solène Gün – Turunç

O projeto Turunç (laranja amarga, em turco), da fotógrafa Solene Gün, registra o cotidiano de rapazes de origem turca nos subúrbios de Paris e Berlim. O trabalho de Gün, ela mesma de origem turca, foca no ambiente e nos gestos de fraternidade e solidariedade que une esses jovens, apesar das situações de violência e desespero que permeiam suas vidas.

Foam, Amsterdã, até 16 de fevereiro

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Ursula Schulz-Dornburg: Zona cinza / A terra no meio

Há mais de 50 anos, a artista alemã Ursula Schulz-Dornburg explora a relação entre o ambiente construído e a paisagem, principalmente em locais de conflito social, político e cultural e em regiões de importância histórica. A exposição da MEP destaca o trabalho de Schulz-Dornburg a partir de alguns temas principais: demarcações e fronteiras, arquitetura e ambiente construído e o impacto humano no meio ambiente e nas paisagens. A mostra apresenta mais de 250 de suas obras produzidas entre 1980 e 2012.

Maison Européenne de la Photographie, Paris, até 16 de fevereiro

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Poder suave

A exposição Poder suave trata das maneiras pelas quais os artistas se utilizam da arte para explorar seus papéis como cidadãos e atores sociais. O termo (soft power) foi apropriado da era Reagan, quando foi usado para descrever como os ativos “suaves” de um país, como cultura, valores políticos e políticas externas, podem ser mais influentes do que expressões de poder coercitivas ou violentas.

MoMA, São Francisco, até 17 de fevereiro

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Daido Moriyama – Silkscreen

Silkscreen apresenta seis obras em serigrafia do fotógrafo Daido Moriyama, incluindo trabalhos em grande formato produzidos em 2013. Desde meados da década de 1960, Moriyama interrogou consistentemente a fotografia e através de sua prática, que ele caracteriza como ” visão do transeunte ”, transformou a história do meio no Japão.

Galeria Taka Ishii, Tóquio, até 22 de fevereiro

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Amor, Ren Hang

As fotografias do chinês Ren Hang são carregadas de um simbologia onírica, erótica, dramática e violenta. A capacidade de provocar seu público, principalmente na sua China natal, rapidamente chamou a atenção de críticos e colecionadores ao redor do mundo, até sua prematura morte em 2017.  A exposição em cartaz na C/O Berlin apresenta um recorte de sua obra, tocando de maneira divertida em temas como solidão, desejos, medos e outros sentimentos comuns a uma geração de jovens chineses.

Galeria C/O, Berlim, até 29 de fevereiro

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Não vistas: 35 anos da coleção de fotografias

A coleção de fotografias do museu comemora seu 35º aniversário com uma exposição de imagens nunca antes exibidas no Getty. De fotografias europeias e americanas do século 19, até obras contemporâneas produzidas em todo o mundo, esta mostra destaca a amplitude e profundidade da coleção. [Foto de Carrie Mae Weems]

Museu Getty, Los Angeles, até 8 de março

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Adornos – o show de modismos

A exposição apresenta uma nova geração de artistas visuais que trabalham com fotografia de moda de uma maneira diferente da tradicional. Para esses fotógrafos, moda e estilo são ferramentas para construir discursos, questionar identidades e jogar com noções de cultura, gênero, raça e idades. [Foto de Hadar Pitchon]

Foam, Amsterdã, até 11 de março

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Dora Maar

A exposição em cartaz na Tate é a mais completa retrospectiva da obra da artista francesa Dora Maar. Durante a década de 1930, suas provocantes fotomontagens tornaram-se ícones do movimento surrealista. Seu olhar para o incomum também se traduziu em sua fotografia comercial, incluindo moda e publicidade, bem como em seus projetos de documentários sociais.

Galeria Tate, Londres, até 15 de março

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Christian Boltanski – Fabricando a vida

Através de cerca de 50 obras de Christian Boltanski, a exposição revela a magnitude e a ambição de um dos mais importantes artistas contemporâneos, depois de 35 anos da primeira mostra de Boltanski no Pompidou. Projetado pelo próprio Boltanski, esta nova exposição não é tanto uma retrospectiva, mas um percurso que marca as transformações de sua abordagem artística.

Centro Pompidou, Paris, até 16 de março

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Tim Walker: Coisas fantásticas

A exposição mergulha nos mundos fantásticos criados pelo fotógrafo Tim Walker através de suas fotos, filmes, cenários fotográficos e instalações – incluindo dez novas séries de fotografias comissionadas pelo museu para a exposição.

Museu Victoria & Albert, Londres, até 22 de março

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Devoção – Ellen von Unwerth: 30 anos fotografando mulheres

A fotógrafa alemã Ellen von Unwerth apresenta uma recorte dos seus 30 anos de sua carreira. A exposição está dividida em sete grandes temas: Brincar, Gênero, Drama, Poder, Amor, Paixão e Desejo.  A fotografia de von Unwerth costuma brincar com arquétipos e estereótipos do que se entende como feminino.

Galeira Fotografiska, Nova York, até 29 de março

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Imagens dos fins da história – Cultura visual tcheca 1985 – 1995

A exposição Imagens dos fins da história relembra o 30º aniversário do outono de 1989, que marcou a queda do comunismo na Tchecoslováquia, em uma perspectiva mais ampla do período, da política e da mídia, desde o início da perestroika até o estabelecimento de uma nova democracia. A mostra cobre o período entre 1985 e 1995 por meio da fotografia e da mídia relacionada (design gráfico, vídeo, desenho animado, cinema e TV), e se concentra nas mudanças políticas e de mídia inter-relacionadas na sociedade tcheca.

Museu das Artes Decorativas, Praga, até 29 de março

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Na vida real

Na vida real é uma exposição que procura examinar o impacto da visão computacional no mundo real – da ética obscura da coleta e vigilância de dados aos preconceitos raciais e de gênero que abundam na tecnologia de reconhecimento facial. Através das lentes de um grupo de artistas que trabalham com uma variedade de mídias digitais, a mostra apresenta trabalhos que lidam com a relação entre seres humanos e tecnologia, com ênfase nas ramificações sociais e estéticas da “visão” das máquinas. Fazem parte da exposição os artistas Leo Selvaggio, Xu Bing, Stephanie Dinkins, Trevor Paglen, Maija Tammi [foto], Liam Young e José Orlando Villatoro.

Museu de Fotografia Contemporânea, Chicago, até 29 de março

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Wright Morris – O lugar do lar

A dura realidade da vida rural dos Estados Unidos da primeira metade do século 20 é o tema principal das imagens do fotógrafo norte-americano Wright Morris (1910-1998). A exposição apresenta o trabalho de Morris, focado principalmente em registrar objetos e construções que revelam a pobreza e o passar do tempo nos rescaldos da Grande Depressão dos anos 1930.

Foam, Amsterdã, até 5 de abril

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Um punhado de poeira: Do cósmico ao doméstico

Um punhado de poeira apresenta uma seleção de imagens dos últimos 100 anos com foco na representação visual da poeira na fotografia, tanto como elemento da alegoria cotidiana quanto poética. A exposição aborda uma ampla variedade de assuntos, incluindo reconhecimento aéreo, a última viagem de carro de Mussolini e as guerras no Iraque. A exposição mostra trabalhos de artistas renomados como Man Ray, Marcel Duchamp, Walker Evans, Sophie Ristelhueber, Xavier Ribas, Scott McFarland [foto], Jeff Wall e outros.

Centro de Imagem Ryerson, Toronto, até 5 de abril

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Stephan Vanfleteren

Retrospectiva do fotógrafo belga Stephan Vanfleteren (1969), conhecido por seus retratos em preto e branco, mas que nas últimas décadas produziu também trabalhos jornalísticos, documentais e artísticos. Sua prática como fotógrafo reflete essas dicotomias: a fotografia de viagem é intercalada com a intimidade das imagens produzidas em seu estúdio, que exploram a natureza morta e a fotografia de nus.

Fomu, Antuérpia, até 19 de abril

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Um balanço do poder: uma outra visão do Muro de Berlim

A partir de uma extensa pesquisa feita pelo fotógrafo Arwed Messmer e a escritora Annett Gröschner, a exposição Um balanço do poder: uma outra visão do Muro de Berlim, relembra a brutalidade da realidade física e do simbolismo político do muro que dividiu a cidade. A partir da descoberta de milhares de fotografias feitas pelas tropas fronteiriças da Alemanha Oriental, Messmer e Gröschner construíram uma abrangente topografia fotográfica do Muro de Berlim em sequências panorâmicas, que são expostas ao lado de imagens tipográficas de torres de vigia da Alemanha Oriental, guardas de fronteira, túneis subterrâneos e escadas de fuga.

Galeria Walther Collection, Nova York, até 25 de abril

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René Burri – Explosões da visão

O suiço René Burri (1933-2014), ao longo de sua carreira de quase 60 anos, viajou pela Europa, Oriente Médio, América do Norte, Central e do Sul, Japão e China, registrando a maioria dos momentos históricos mais importantes da segunda metade do século 20, além de retratar grandes nomes como Picasso, Le Corbusier, Niemeyer, Barragan, Giacometti e Che Guevara, entre outros. Esta nova exposição é fruto de pesquisas e estudos realizados pelas equipes do Museu de l’Elysée desde 2013 em toda a coleção René Burri nos arquivos da família e da agência Magnum em Paris e Nova York, oferecendo uma nova perspectiva sobre todas as inúmeras atividades criativas de Burri ao longo de sua vida.

Museu de l’Elysée, Lausanne, até 3 de maio

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Carlos Pérez Siquier

Peça fundamental na consolidação da modernidade fotográfica na Espanha, Carlos Pérez Siquier (1930) destaca-se no cenário espanhol inicialmente ligado ao neorrealismo e, posteriormente, como pioneiro da fotografia colorida. Nos dois casos, Pérez Siquier sempre trabalhou a partir de uma posição periférica e com um olhar único, mais semelhante ao de um caminhante do que de um retratista.

Casa Garriga Nogués, Barcelona, até 17 de maio

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Vivian Maier: Os autorretratos e seus duplos

O resgate do trabalho da fotógrafa norte-americana Vivian Maier (1926–2009), que ganhou a vida trabalhando como babá para várias famílias em Nova York e Chicago a partir da década de 1950, tem possibilitado diversos recortes de sua produção que incluem a vida nas ruas, retratos de pessoas desconhecidas e o mundo das crianças que ela conhecia. A exposição em cartaz no museu finlandês explora os autorretratos de Maier e as “suas sombras”, que representam mais de um quarto do seu trabalho.

Museu Finlandês da Fotografia, Helsinki, até 24 de maio

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René-Jacques: Formas da elegância

Em 110 fotografias, a exposição Formas da elegância refaz a carreira de René-Jacques, uma figura importante na fotografia francesa do pós-guerra, explorando as ruas de uma Paris deserta seguindo os passos de escritores e poetas. Ele também trabalhou como fotógrafo do filme Stormy waters, estrelado por Jean Gabin e Michèle Morgan, e como fotojornalista da Renault.

Museu Jeu de Paume no Castelo de Tours, em Tours, França, até 24 de maio

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