Revista ZUM 23

Conheça a ZUM #23

Publicado em: 14 de outubro de 2022

As fotografias feitas pelo cineasta Affonso Uchôa e o artista Desali exibem o cotidiano do bairro Nacional, em Contagem, Minas Gerais. São imagens de uma periferia do Brasil por sua própria voz, como afirma a escritora Cidinha da Silva ao recordar sua passagem pela cidade.

As polaroides da artista Val Souza estampam a capa e a abertura da ZUM #23 com a série Estudos de Vênus #1. No miolo da revista, Souza apresenta um painel com mais de mil imagens, da publicidade ao autorretrato, para dar contornos reais à beleza das mulheres negras.

Encarnada pela artista e bióloga Emerson Uýra, nesta série fotográfica, a entidade Uýra se mescla à natureza para mostrar que a vida resiste e se reinventa onde parecia impossível.

Em trabalho feito a convite da zum, que estampa também o pôster exclusivo da edição, o artista Maxwell Alexandre emoldura a possibilidade de um lugar negro no mundo da arte. Parte da série Novo poder (2021), a obra celebra a presença dos corpos pretos nas instituições de prestígio ao mesmo tempo que recusa o lugar comum da figuração. Texto de Nathalia Grilo.

De volta ao Brasil após 30 anos, a artista Gretta Sarfaty distorceu o próprio corpo em séries fotográficas que encarnam a contracultura feminista da década de 1970 – e seguem mais atuais do que nunca, como analisa Ana Maria Maia.

Falecida em 2022, aos 81 anos, Lourdes Grobet fotografou as pessoas e a cultura da luta livre, um dos espetáculos mais populares do México. A escritora Beatriz Novaro homenageia Grobet e reflete sobre como sua obra nos ensina a olhar para os outros.

A artista Justine Kurland retalha livros de fotografia para criar colagens que denunciam a dominação masculina do cânone fotográfico. Seu manifesto iconoclasta homenageia Valeria Solanas, ativista que atirou em Andy Warhol.

Em movimento pioneiro, o Arquivo da Memória Trans Argentina reúne fotografias, relatos e outros documentos para contar a história de mulheres trans, silenciadas, perseguidas e mortas durante a ditadura. Para a escritora Amara Moira, o arquivo oferece um modelo de ativismoe de celebração da vida.

Cineasta italiano radicado no Brasil, Andrea Tonacci construiu uma obra comprometida com a luta indígena. Mais de cinco anos após sua morte, a pesquisadora Patrícia Mourão de Andrade relembra a vida e os filmes de Tonacci em carta que reflete sobre a ética e a política do cinema. ///