Recomendações ZUM: Agnès Varda, Robert Frank, Joan Fontcuberta, Wendy Red Star e mais
Publicado em: 8 de novembro de 2024Em suas fotografias, a artista norte-americana Wendy Red Star reformula narrativas históricas em uma perspectiva feminista e indígena. Em entrevista ao site da revista Aperture, a renomada artista fala sobre laços familiares, história nativa e como estudar escultura inspirou sua fotografia que desafia gêneros e estilos.
“Eu tive uma professora, uma professora visitante, que era coreana. E ela disse que esse era o objetivo dela — que quando as pessoas olhassem para o trabalho dela, elas não soubessem seu gênero ou sua identidade. Então era mais ou menos onde eu estava. Eu fazer um trabalho sobre minha cultura e ser uma mulher Crow não era o negócio.”
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O site Artnet publicou uma resenha sobre a exposição Life Dances On: Robert Frank in Dialogue (A vida dança: Robert Frank em diálogo), em cartaz no MoMA de Nova York até janeiro de 2025, e que apresenta 200 trabalhos de praticamente todos os momentos da carreira de Robert Frank, menos imagens de The Americans (Os Americanos), obra que o tornou mundialmente reverenciado.
“Não ter [Os Americanos] na mistura é um pouco como uma banda se recusar a tocar seu maior sucesso, mas eu realmente aprecio o desejo de focar em um material menos apreciado. A razão pela qual eu menciono isso é que eu acho que para entender o que Frank estava fazendo, ajuda saber não apenas o que ele estava tentando fazer, mas também o que ele estava tentando desfazer. E uma das coisas que ele estava tentando desfazer era The Americans.”
No site CCCBLab o pesquisador Ferran Esteve escreve sobre o “encontro” da cineasta francesa Agnès Varda e o fotógrafo espanhol Joan Fontcuberta. “Ao longo de 1983, a televisão francesa transmitiu um programa criado por Agnès Varda em que a cineasta e vários convidados comentavam uma fotografia diferente a cada dia. Em Une Minute pour une image foram analisadas 170 fotografias, entre as quais Autoretrat (Presságio de mutilação), de Joan Fontcuberta. A imagem, que integra a exposição Agnès Varda. Fotografar, filmar, reciclar, mostra uma mão estendida em direção a uma figura, em saudação. Surpreendentemente, o lugar onde você quer encaixar a mão é na boca de um peixe, que espera com os dentes abertos, ameaçadoramente. Varda diz que isso a lembra do surrealismo, porque está ‘além da extraordinária precisão da realidade’”.
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No site LensCulture, resenha do livro El pez muere por la boca (O peixe morre pela boca), do fotógrafo colombiano Santiago Escobar-Jaramillo. O livro desafia preconcepções sobre o seu país natal: “uma percepção preguiçosa da Colômbia está ligada à história do tráfico de drogas — embora a taxa de consumo de drogas no país seja ofuscada pelos números nos EUA e em toda a Europa. Por muitos anos, o país foi o maior produtor mundial de coca, causando violentos conflitos contínuos entre o governo e várias organizações narco-paramilitares.”
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Na revista digital Recorte, ensaio escrito pela designer e artista visual Karina Rampazzo busca aproximar o design da discussão sobre fotolivros. “Em um fotolivro, vejo fotografias, claro, mas também vejo espaços vazios, textos, formas, cores – manipulo a capa – abro o livro, folheio as páginas, me fixo em determinadas imagens, me distraio em outras, faço associações entre elas.”
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Artigo do site Art in America discute o uso da inteligência artificial por artistas. “A IA, em essência, ampliou essa abordagem analítica para representação e a levou para a próxima dimensão. Enquanto a fotografia representa o que algo é, a IA representa como algo funciona. Ela modela e executa as conexões visuais que fazemos e as expectativas incorporadas que moldam essas conexões.” ///