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Recomendações ZUM: cinema árabe feminino, Diane Arbus, Susan Meiselas, Ana Mendieta e mais

Publicado em: 4 de junho de 2021

 

Mulher com delineador, de Diane Arbus, NovaYork, 1967. Publicada no site da galeria Fraenkel.

A Galeria Fraenkel convidou a fotógrafa Carrie Mae Weems para ser a curadora de uma exposição dedicada à obra de Diane Arbus. Apesar de contar com fotos bastante famosas de Arbus, a seleção de Weems foi buscar imagens menos conhecidas da artista. Entre elas estão Mulher fazendo cara de beijo (1958) e Kenneth Hall, o novo Sr. New York City, em um concurso de fisiculturismo (1959), sobre quem Arbus comentou: “ele pode mexer os músculos do peito separadamente e desenvolveu um músculo na parte de trás das coxas que ninguém mais desenvolveu”. A exposição pode ser vista online do site da galeria.

 

 

Pescador, de Alec Soth, Wickliffe, Kentucky, EUA, 2002. © Alec Soth | Magnum Photos. Publicada no site da agência Magnum.

No site da agência Magnum, o fotógrafo e ex-presidente da agência Stuart Franklin escreve sobre o papel de legendas e textos nas leituras que fazemos de fotografias. “A divisão arte/fotojornalismo não é bem o ponto aqui. Os fotojornalistas diferem acentuadamente na maneira como oferecem informações textuais detalhadas, especialmente no que diz respeito à publicação de livros. Leonard Freed costumava dizer que a ambiguidade era um dos grandes pontos fortes da fotografia. Todo o resto, ele insistia, era propaganda”, comenta Franklin.

 

 

Ternopil, Petrykhiv, de Caroly Drake, da série Internato, 2016, e incluída no livro Olhos abertos © Carolyn Drake / Magnum. Publicada no site do jornal El País.

A edição espanhola do jornal El País resenha o livro Eyes Open (Olhos abertos), recém-lançado pela fotógrafa Susan Meiselas. Inicialmente dirigido ao público infantil, o livro quer ajudar as pessoas a olharem uma fotografia a partir de imagens feitas por amadores e por mestres do ofício, como Saul Leiter, Robert Adams, Sally Mann, Cindy Sherman e Graciela Iturbide, entre outros. “Quer uma fotografia possa ou não mudar o mundo, a fotografia pode mudar você”, diz Meiselas. “Basta abrir os olhos!”

 

 

Frame do vídeo Mariana Enríquez sobre Ana Mendieta, de Mariana Enríquez, 2021. Publicado no site Louisiana Channel.

Em vídeo publicado no site Louisiana Channel, a premiada escritora argentina Mariana Enríquez oferece uma reflexão pessoal sobre a obra da artista cubana Ana Mendieta, que morreu tragicamente após cair de uma janela. Enríquez faz uma analogia entre a dramática história de Mendieta e um capítulo sombrio da história argentina, descrevendo suas memórias das manifestações de rua realizadas em 1983 em que um grupo de artistas, junto com as Mães da Praça de Maio, desenharam silhuetas humanas para representar as vítimas desaparecidas da ditadura argentina das décadas de 1970 e 1980.

 

 

Frame do vídeo Sem título, de Carmela Gross, 1977.

A exposição Vídeo_MAC pode ser vista online e na sede do Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP, no Ibirapuera. A mostra conta a história de um dos projetos pioneiros do professor e crítico de arte Walter Zanini (1925-2013) que, em sua gestão como diretor do museu, abriu as portas da instituição para uma das primeiras iniciativas de videoarte no Brasil. A mostra reúne vídeos de Regina Silveira, Gabriel Borba, Julio Plaza, Carmela Gross, Roberto Sandoval, Gastão de Magalhães e Donato Ferrari, entre outros.

 

 

Mulher marcando a borda de suas paredes caiadas de branco em Tomelloso, de Ramón Masats, 1960. Publicada no site do The Guardian.

O jornal inglês The Guardian publicou uma matéria sobre a iniciativa de alguns dos fotógrafos mais renomados da Espanha de cobrar das autoridades do país a criação de um centro nacional para catalogar, compartilhar, proteger e promover a rica e diversificada história fotográfica do país. A Plataforma para um Centro de Fotografia e Imagem – cujos membros incluem Ramón Masats, Isabel Muñoz, Alberto García-Alix, Juan Manuel Castro Prieto e Cristina García Rodero – destaca que a Espanha é um dos poucos países da UE que não tem um centro dedicado exclusivamente à fotografia. “Basicamente, os fotógrafos sempre foram deixados por conta própria. Os governos nunca se preocuparam com as necessidades dos fotógrafos, que tiram as fotos, mantêm seus arquivos e depois tentam divulgar seus trabalhos. Os governos não os ajudaram a promover seu trabalho no exterior e nem trabalharam para proteger seus arquivos quando morreram.”

 

 

Still do filme Um êxodo espacial, de Larissa Sansour, 2008.

Até o dia 27 de junho acontece online a 2ª edição da Mostra de Cinema Árabe Feminino, com uma seleção de mais de 40 filmes realizados por mulheres em países como Egito, Líbano, Palestina, Sudão, entre outros. A programação inclui debates, mesas redondas e uma masterclass com a diretora palestina Larissa Sansour, conhecida pelas obras de ficção científica. Haverá também um tributo à diretora libanesa Jocelyne Saab (1948-2019), ex-repórter de guerra que realizou dezenas de filmes ao longo de sua carreira, e uma homenagem para a diretora tunisiana Moufida Tlatli (1947-2021), primeira mulher árabe a dirigir um longa-metragem e que faleceu este ano por decorrência da covid-19. ///

 

 

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