Perdemos nesta segunda, 20, René Burri (1933), fotógrafo da agência Magnum e mestre do fotojornalismo, conhecido por seus retratos de Pablo Picasso, Che Guevara e Le Corbusier. Nascido em Zurique, Burri se associou à Magnum em 1955 e trabalhou por muitos anos na Europa, no Oriente Médio e na América Latina. Foi colaborador de publicações como LIFE, Paris-Match e The New York Times.

Burri manteve uma longa relação com o Brasil. Fotografou Brasília em pelo menos três ocasiões: na inauguração da cidade, em 1960; no fim da década de 1970; e em 1997. Seus registros da capital do país estão reunidos em livro, publicado em 2011. Nas décadas de 1960 e 1970, produziu imagens icônicas das metrópoles do país, entre elas suas clássicas fotos da Avenida Paulista. Documentou as filmagens de Terra em Transe, de Glauber Rocha, e a Bahia de Jorge Amado.

Em 2012, o Instituto Moreira Salles publicou o livro Magnum – Contatos , em que os fotógrafos da agência apresentam suas folhas de contato e revelam como captaram e editaram suas melhores imagens. O volume traz as histórias por trás de duas fotografias centrais na obra de Burri: o registro do prédio modernista do Ministério da Educação e Saúde do Rio de Janeiro e o famoso retrato de Che Guevara com um charuto, que considerava um de seus melhores cliques.

Em 2013, Burri depositou seu arquivo de 30 mil imagens no Musée de l’Elysée, em Lausane, na Suíça.

 

Imagem de capa: René Burri – autorretrato com iPhone, 2012. Publicada originalmente em The René Burri interviews, série de entrevistas com René Burri realizada pelo site da Phaidon.

 

 

 

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