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Morre aos 80 anos o fotógrafo malinês Malick Sidibé, narrador visual de seu país

Publicado em: 15 de abril de 2016

Foi confirmada nesta sexta-feira a morte do retratista Malick Sidibé, do Mali. O fotógrafo ficou conhecido pelo extenso trabalho produzido em seu estúdio em Bamaco, capital do país, onde capturou através de suas imagens a efervescência cultural após a independência nos anos 1960, e a euforia de uma juventude orgulhosa e esperançosa.

Nascido no então Sudão Francês, em 1935 ou 1936, Malick começou a frequentar a escola somente aos dez anos, quando passou a ser dispensado pelo pai do trabalho de pastor, e logo ganhou fama entre os colegas como desenhista e artista gráfico. Após formar-se no atual Instituto Nacional das Artes como designer de joias, Sidibé conseguiu um emprego no estúdio que atendia a alta sociedade branca da capital malinesa. Logo aprendeu o ofício e não tardou em abrir o próprio estúdio, onde começou fotografando os personagens da vida noturna local. Ao final de sua carreira havia acumulado prêmios como o World Press Photo (com um editorial encomendado pelo New York Times), Leão de Ouro da Bienal de Veneza e o Prêmio Hasselblad, além de integrar coleções como a do MoMA e a Coleção de Arte Contemporânea Africana, de Jean Pigozzi.

A ZUM#6 publicou uma matéria sobre a obra do fotógrafo e a história de seu lendário estúdio, com texto de Dorrit Harazim. Leia na íntegra.///

 

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