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Megaexposição de Henri Cartier-Bresson fica em cartaz até junho no Centre Pompidou

Publicado em: 26 de maio de 2014

O Centre Pompidou, em Paris, abriga até 9 de junho a maior exposição já feita sobre Henri Cartier-Bresson. Com mais de 500 obras, entre desenhos e pinturas da infância, filmes documentais e livros, além das fotografias tiradas ao longo de 70 anos de carreira, a exposição traça uma linha cronológica da produção do fotógrafo que se incomodava com o título de pai do fotojornalismo.  “Ele não ficava feliz com essa caracterização. Preferia ser chamado de fotógrafo, de alguém que produzia imagens em sua essência, não o jornalismo”, disse Agnès Sire, diretora da Fundação Cartier-Bresson, que cede boa parte das obras em exibição. Clément Chéroux, curador da mostra, vai além da polarização artista x jornalista ao dispor o trabalho de Bresson em três fases, pilares de sua produção. A primeira, de 1926 e 1935, período marcado pelo contato com artistas surrealistas, revela o olhar preciso à composição geométrica já nos primórdios de sua produção. A segunda destaca seu engajamento político, as contribuições ao Partido Comunista e a experiência que teve com a produção cinematográfica. A criação da agência Magnum (1947) marca o início do terceiro período, que se conclui no início dos anos 70, quando Bresson começa a se distanciar da fotografia de reportagem para retomar o desenho e a pintura.

Depois de Paris, a exposição Henri Cartier-Bresson, que vem aglutinando filas que circundam o quarteirão do Centre Pompidou, já está confirmada para ir a Madrid, Roma e México.

Mais informações no site do Centre Pompidou.

© Henri Cartier-Bresson / Magnum Photos, cortesia Fundação Henri Cartier-Bresson

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