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O ganês Eric Gyamfi vence o prêmio Paul Huf 2019, da Foam

Publicado em: 7 de março de 2019

O fotógrafo Eric Gyamfi (1990) foi o vencedor da edição deste ano do prestigioso prêmio Paul Huf, concedido anualmente pela Foam a talentos da fotografia até 35 anos. Os jurados selecionaram Gyamfi entre 100 candidatos de 24 países. A premiação dada é de 20 mil euros e uma exposição solo na Foam, em Amsterdã.

Segundo declaração divulgada pelo júri do prêmio, o nome de Eric Gyamfi foi escolhido por unanimidade “por sua abordagem artística diversificada, a natureza imersiva de seu trabalho e a combinação de um assunto altamente pessoal com uma mensagem política subjacente. Uma abordagem que lembra um Cavalo de Troia em sua prática – belas qualidades formais, com métodos variados de produção e um estilo não linear – que foi refrescante e significativa”.

A partir de um retrato encontrado por acaso do músico e ativista norte-americano Julius Eastman (1940-1990), morto no ano de nascimento de Gyamfi, o artista ganês trabalha uma série de superposições com um autorretrato utlilizando diferentes técnicas de impressão fotográfica, como o cianótipo e o silkscreen. Batizada de Fixando sombras; Julius e eu, a série é fruto do interesse de Gyamfi sobre o “que acontece com a vida da fotografia enquanto ela se move no tempo. Ao empregar a construção do mito como base para a construção de histórias paralelas, em Fixando sombras; Julius e eu mostramos a vida de duas fotografias, mapeadas/permutadas através de diferentes momentos, encontros e potencialidades, à medida que avançam em direção a uma certa morte”, comenta o fotógrafo.

Em sua décima terceira edição, o prêmio Paul Huf já alavancou a carreira internacional de fotógrafos como Daisuke Yokota, Daniel Gordon, Alex Prager e Pieter Hugo. Participaram do júri este ano Tristan Lund (consultor e curador independente inglês), Jop van Bennekom (diretor criativo da holandesa Fantastic Man), Bruno Ceschel (diretor da editora Self Publish Be Happy, da Itália), Elena Navarro (diretora do Centro de la Imagen, do México) e Azu Nwagbogu (curador chefe da Zeitz Mocaa, da África do Sul).///

 

 

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