Conheça a ZUM #28
Publicado em: 24 de abril de 2025
Há 10 anos, Ivi Maiga Bugrimenko captura em fotografias vibrantes a energia de festas como a Mamba Negra, em São Paulo, frequentadas por diversos performers e clubbers. O escritor Leo Felipe dedica um ensaio inédito à cultura libertária das raves.
Na série Estar lá (2023), em parceria com The Anonymous Project, do cineasta Lee Shulman, o fotógrafo senegalês Omar Victor Diop se insere digitalmente em fotografias típicas dos álbuns de família dos anos 1950. Com esse gesto, inscreve a presença negra na vida burguesa dos Estados Unidos, em uma crítica social feroz contra seu apagamento na história, como destaca a curadora Taous Dahmani.
O rapper Rico Dalasam revê suas memórias e imagens de infância para expor o afeto, as angústias e as expectativas compartilhados no Orfanato Tia Guga.
Na coluna semanal “…Umas”, que a artista Lenora de Barros manteve no Jornal da Tarde, no início dos anos 1990, artes visuais e cultura pop misturam-se em raro espaço de experimentação num veículo de circulação de massa. Para a curadora Pollyana Quintella, a coluna funcionava como um ateliê aberto, em que Barros embaralhava valores do kitsch e do bom gosto, estéticas do alto e do baixo escalão.
O cineasta paulistano Lincoln Péricles (LK) antecipa imagens de seu novo filme, Trabalho (2025), em que liberta os trabalhadores da repetição infinita de seus papéis na tela. Para o crítico Juliano Gomes, o cinema independente de Péricles propõe novas formas de representar a periferia, para além da dicotomia entre testemunho e formalismo.
Em imagens de 1948 aos dias de hoje, o arquivo do Museu Palestino registra a história do povo e da região. O escritor Nasser Rabah narra o desenvolvimento de Gaza, de um campo de refugiados a uma comunidade pujante, e relata como sente na pele sua destruição.
Na série Ílmatar (2014-2019), a fotógrafa japonesa Momo Okabe exibe em tons oníricos sua própria gravidez e o parto, relacionando transformações do corpo e da paisagem a partir de sua experiência como pessoa não binária.
No curso de rios e estradas, a fotógrafa Paula Sampaio acompanha a vida amazônica a partir de suas margens. Nesta entrevista a Flavya Mutran, Sampaio fala da formação de seu olhar, da importância da escuta e da responsabilidade de preservar registros de um Brasil ameaçado.
Em um caderno de colagens elaborado durante as pesquisas do filme Casa de lava (1994), o cineasta português Pedro Costa experimenta novos caminhos para imaginar e, como escreve o crítico de arte Nuno Crespo, para combater “o esvaziamento contemporâneo das imagens, das palavras, dos espíritos”.
Capa/quarta capa: Fotos de Ivi Maiga Bugrimenko. Performer Alma Negrot.
Pôster: Fotos de Ivi Maiga Bugrimenko
Abre: Poema (1979), de Lenora de Barros. Fotos de Fabiana de Barros.