Conheça os destaques do festival Encontros de Arles 2018
Publicado em: 1 de agosto de 2018Um dos principais festivais de fotografia do mundo, a edição deste ano do festival apresenta mais de 30 exposições, espalhadas pela cidade de Arles e região. De nomes consagrados, como Robert Frank e Raymond Depardon, a artistas emergentes de vários locais do mundo, o evento apresenta até o dia 23 de setembro uma ampla seleção de trabalhos de fotografia contemporânea.
ZUM destaca algumas das exposições dos Encontros de Arles 2018.
O conjunto de exposições América grande de novo! (America great again!) foi buscar no slogan da campanha presidencial de Donald Trump o gancho para reunir cinco grandes fotógrafos estrangeiros que realizaram importantes narrativas visuais dos Estados Unidos nos últimos 60 anos: o suíço Robert Frank (1924), os franceses Raymond Depardon (1942) e Laura Henno (1976), o britânico Paul Graham (1964) e o palestino Taysir Batniji (1966).
O núcleo Corra camarada, o velho mundo está atrás de você (Run comrade, the old world is behind you) aproveita a efeméride dos 50 anos dos protestos, revoltas e utopias que eclodiram em 1968 para reunir um conjunto de imagens que fazem referência direta a estes eventos. Destaque para as exposições 1968, que história! (1968, what a story!), que mostra fotos do arquivo da polícia francesa, cartazes usados nas passeatas e o trabalho do artista argentino Marcelo Brodsky (1954) sobre fotografias dos protestos; e para O trem: a última jornada de RFK (The train: RFK’s last journey), dividida em três partes: fotografias feitas por Paul Fusco (1930), fotojornalista da Magnum que estava a bordo do trem que transportou o corpo de Kennedy e registrou milhares de pessoas que foram espontaneamente até a beira dos trilhos para homenagear o senador assassinado, uma videoinstalação do artista holandês Rein Jelle Terpstra (1960) e a reencenação da jornada filmada pelo artista francês Philippe Parreno (1960).
A série H+, o artista suíço Matthieu Gafsou (1981), destaque do núcleo Humanidade aumentada (Augmented humanity), apresenta seu trabalho focado no conceito de transhumanismo, que defende o uso da ciência e da tecnologia para melhorar as habilidades mentais e físicas do ser humano.
A exposição coletiva Uma coluna de fumaça apresenta a produção contemporânea de fotógrafos que estão documentando de diferentes maneiras a Turquia atual. Os curadores da mostra fizeram duas perguntas a um grupo de artistas selecionados: o que caracteriza o seu país hoje? Há algum trabalho que você não mostraria na Turquia, mas que gostaria de exibir fora do seu país? O resultado está exposto em Arles.
Na programação de talentos emergentes da edição de 2018 festival, destaques para os trabalhos da holandesa Paulien Oltheten (1982) e do chinês Feng Li (1971). Na série A defesa, o olhar aventureiro, Oltheten vai a parques, ruas e praças de grandes cidades para documentar e mostrar o que há de comum e estranho no comportamento de pessoas em locais públicos. Em Noites brancas, Feng Li também vai aos espaços públicos da cidade chinesa de Chengdu para observar e fotografar as personagens únicas que encontra pelas praças e ruas.
Na programação de Arles com instituições parceiras, destaque para a retrospectiva Gilbert & George: A grande exibição: 1971-2016, da dupla de artistas britânicos Gilbert (1943) e George (1942); e para o vídeo Apex (2013), do artista norte-americano Arthur Jafa (1960).///
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