A sétima edição da ZUM traz uma novidade gráfica: a lombada solta, que permite abrir a revista em 180 graus, facilitando a fruição das imagens.
Abaixo, o sumário visual:
Grande nome do pós-guerra no Japão, consagrado por inúmeros livros fotográficos em preto e branco, Daido Moriyama (1938) flagrou a cena artística japonesa e as transformações da vida rural e urbana de seu país. Para homenageá-lo, a ZUM publica um texto da série autobiográfica Memórias de um cão, acompanhado de um portfólio de imagens selecionado pelo próprio fotógrafo.
Retratos deslumbrantes do fotógrafo mineiro Assis Horta, que tem sua trajetória narrada pela jornalista Dorrit Harazim. Horta nasceu em 1918 e eternizou o patrimônio arquitetônico e a sociedade de Diamantina. Mas o grande impulso de sua carreira veio com a promulgação da CLT, quando Getúlio Vargas tornou obrigatória a carteira profissional com foto. Nos anos que se seguiram, Horta fotografou centenas de pessoas de maneira única e genial.
Especial de quase cem páginas dedicado ao Offside, um projeto colaborativo criado para documentar o país por meio do olhar de dois coletivos, quatro fotógrafos da agência Magnum e quatro brasileiros. Os fotógrafos organizaram suas pautas e percorreram as capitais do país para apresentar temas variados e candentes, como os jovens eleitores, os protestos e as ocupações, os grupos sociais e religiosos emergentes, os novos movimentos musicais ou a relação das mulheres com a beleza.
Por ocasião do centenário da Primeira Guerra Mundial, em 2014, o artigo de Hilary Roberts, curadora de fotografia do Museu Imperial da Guerra de Londres, mostra como a manipulação das imagens na imprensa, até então amplamente aceita, foi debatida e proibida durante o conflito.
Neste ensaio, o professor de história Mauricio Lissovsky compara a foto de um linchamento recente à inquietante imagem de capa da nova edição de Casa-grande & senzala, clássico de Gilberto Freyre. A subtração da senzala e do negro na capa pode indicar o deslocamento e o recalque de um sentido que retorna em imagens ainda mais violentas.
Texto utópico e premonitório do filósofo Vilém Flusser (1920-91), escrito em 1985 e inédito em português. Nele, o autor prevê uma revolução cultural com a invenção de um novo tipo de fotografia (eterna, animada e interativa), anos antes de a fotografia digital e as redes sociais sequer existirem.