A luta contínua
Publicado em: 9 de fevereiro de 2022
“Tenho dificuldade em olhar para essas fotografias sem ficar crispada, por causa das lembranças e da raiva que provocam em mim. Mas preciso olhar. Preciso me lembrar, como você também precisa. Porque elas são a história acontecendo. Goste ou não goste, você não tem como se esconder do olho da câmera.”
Myrlie Evers-Williams, prefácio de O movimento pelos direitos civis: uma história fotográfica, 1954-68.
Cresci em Filadélfia, nas décadas de 1950 e 1960, com um pai que era o fotógrafo da família. Embora amador, ele usava uma Rolleiflex. Até eu entrar na faculdade, tínhamos muitos eventos familiares, reuniões e encontros, e meu pai tirava quase todas as fotos. Um primo dele, Alphonso Willis, tinha um estúdio a dois ou três quarteirões de casa; era ele quem fazia os retratos oficiais, com sua grande câmera de 4 × 5 polegadas. Jack Franklin, fotojornalista da imprensa negra em Filadélfia, era nosso vizinho. Ele fotografava protestos sociais, inclusive registrou a Marcha sobre Washington, em 1963. Além disso, cresci no salão de beleza da minha mãe, onde, ao longo de quase toda a minha vida, tive a oportunidade de folhear revistas de notícias e de beleza, de Ebony a Life. Ou seja, eu ficava o tempo todo vendo fotos.
Sempre achei que as histórias da nossa família não eram assuntos que apareciam nas grandes revistas brancas, como Life e Look. Na Ebony, é claro, havia imagens de vida familiar, eventos culturais, mas quase sempre das famílias de negros famosos e de pessoas bem-sucedidas nos negócios, nas artes ou na política. Quando eu era mais jovem, pouco antes de entrar na faculdade para estudar arte, resolvi tornar visíveis algumas situações do cotidiano que eu gostava de observar na minha vizinhança e na minha família, como crianças pulando corda, jogando bola ou sentadas à mesa da cozinha. E o que encontrei de semelhante foi O doce papel mata-moscas da vida (1955), o livro de Roy DeCarava e Langston Hughes. Mesmo quando eu era menor, ainda criança, o livro já me entusiasmava. Ter imagens da família na sala, no aparador, nas paredes – as fotos de família eram nossa forma de arte.
Minha família sempre fez parte da Associação Nacional para o Progresso das Pessoas de Cor (naacp), e por isso tínhamos uma assinatura da revista da entidade, The Crisis. A experiência de crescer com The Crisis em casa e depois ir para a universidade estudar Frederick Douglass e W. E. B. DuBois, compreendendo o impacto que ambos tiveram sobre a fotografia, moldou minha memória sobre os primórdios da fotografia negra. Quando comecei a considerar a hipótese de estudar fotografia e sua história, percebi que não havia fotógrafos negros nos livros. Mesmo na década de 1970, Gordon Parks ainda não estava representado em meu livro de história da fotografia; e a essa altura eu já lera muito atentamente sua obra Escolha de armas (1966). Então, pensei, “certo, precisamos mudar isso”.
Um professor me estimulou a escrever um artigo sobre o tema. Foi por isso que comecei a examinar a imprensa negra, a acompanhar os jornais negros e a publicidade negra, e a garimpar guias de serviços que incluíssem fotógrafos negros. Eu pretendia começar minha pesquisa no início da fotografia, porque acreditava que eles estavam lá, que existiam. Tinha certeza disso. Tive a sorte de encontrar fotógrafos em atividade já nas décadas de 1840, 1850: homens livres que também eram artistas, empreendedores, ativistas e abolicionistas.
Essa foi a origem de um relatório de pesquisa sobre fotógrafos negros elaborado durante minha graduação, na tentativa de suprir uma lacuna das aulas a que assistia. Na imprensa negra, encontrei fotógrafos negros que registravam famílias e eventos negros. Na época, era comum que se encontrassem imagens – para mim, visualmente degradantes e perturbadoras – de negros em estereógrafos e postais que circulavam entre o grande público, enquanto, ao mesmo tempo, nas comunidades negras, era possível encontrar imagens de negros bem-sucedidos, altivos, felizes – não sorridentes, mas felizes – atravessando uma época difícil.
Como publicou o abolicionista Frederick Douglass na edição de 7 de abril de 1849 do jornal The North Star: “É impossível haver retratos imparciais de negros feitos por artistas brancos. Parece-nos impossível que homens brancos registrem a imagem de homens negros sem exagerar da forma mais grosseira os traços que os distinguem. Por uma razão óbvia. Os artistas, como todos os outros brancos, adotaram uma teoria a respeito dos traços que distinguem a fisionomia negra. Já ouvimos muitos brancos afirmarem que ‘os negros são todos iguais’, e que são incapazes de ver alguma diferença entre velhos e jovens. Para eles, o rosto negro está associado a malares proeminentes, narinas dilatadas, nariz achatado, lábios grossos e testas recuadas. Essa teoria, profundamente inculcada na mente de um artista, exerce forte influência sobre seu lápis e o conduz, muito naturalmente, a distorcer e a exagerar essas peculiaridades, mesmo quando elas praticamente não existem no original.” Esse trecho situa o contexto da representação visual de negros, do século 19 até hoje.
Nas décadas de 1940, 1950, 1960 e 1970, fotógrafos negros como Gordon Parks e Moneta Sleet iam às comunidades com suas câmeras para testemunhar a injustiça. E perguntavam: Como educamos nossas crianças? Como refletimos sobre o futuro delas?
As fotografias contribuíram para reforçar o ânimo dos negros durante aquele período, ajudaram-nos a pensar sobre o ato de sermos fotografados na qualidade de membros representativos de uma família, a andar até a igreja, até a escola, a votar, a sermos ativistas.
“Na primavera de 1965, volto ao Sul para participar das marchas de Selma, no Alabama. Centenas de pessoas marchavam entre Selma e Montgomery, a capital do estado. Havia repórteres, imprensa, equipes de TV, helicópteros, polícia e a Guarda Nacional, transformando o evento numa espécie de parada. Durante a caminhada com os manifestantes, fotografei-os sozinhos e quando paravam para descansar. Retratei-os olhando diretamente para a câmera. Eles confrontavam o público invisível com uma atitude orgulhosa e determinada. Na última noite da marcha, Viola Liuzzo, uma ativista dos direitos civis de Detroit, branca, mãe de quatro [cinco] filhos, foi morta por um tiro que perfurou o para-brisa do carro em que estava. Na manhã seguinte, vi o assento manchado de sangue, o vidro estilhaçado e as marcas de derrapagem onde o carro havia saído da estrada. A violência no Sul me atingira mais profundamente do que minha dor pessoal.”
Bruce Davidson
Fotografias (Agrinde Publications, 1978)
Ao refletir sobre fotografia e protesto, olho da perspectiva de minha vida nos Estados Unidos, da experiência vivida a um ato de memória. Estou abalada com as imagens que vi recentemente durante os últimos meses, várias pessoas me perguntaram o que essas imagens significam para mim.
Recentemente, a morte negra foi fotografada, televisionada, pintada, gravada, tuitada e exibida. Durante vários dias, assisti, na tela da televisão, às cenas do assassinato de George Floyd gravadas por uma adolescente. Passei nove dias testemunhando coletivamente os últimos momentos de vida de Floyd, vendo um homem negro se debater e chorar enquanto um policial branco enfiava o joelho cada vez mais profundamente em seu pescoço, ao mesmo tempo que punha despreocupadamente a mão esquerda no bolso. Horrorizada, vi o outro policial montar guarda, protegendo o colega, enquanto a pessoa atrás da câmera gritava, implorando ao policial que parasse com aquilo. Ouvi outras pessoas implorando pela vida de Floyd enquanto ele suplicava “não consigo respirar”, uma e outra vez.
Em suas últimas palavras, inclusive chamando pela mãe, ele expressou sua dor: “Minha barriga está doendo, meu pescoço está doendo, tudo está doendo…”.
É o meu rosto, cara
Não fiz nada de grave, cara
Por favor
Por favor
Por favor não consigo respirar
Por favor, cara
Por favor, alguém
Por favor, cara
Não consigo respirar
Não consigo respirar
Por favor…
Em alguns dias, o vídeo viralizou. Toda vez que assistia ao noticiário, sentia uma dor no coração. A cena ficou gravada graças à câmera do celular e às câmeras de segurança da redondeza. Graças à câmera, vemos repetir-se toda uma história de injustiças negras. Uma garota cursando o último ano do secundário, Darnella Frazier, gravou o vídeo enquanto implorava ao policial que parasse com aquilo. Cerca de dez meses depois, por documentar aquele ato horrendo, ela recebeu o prêmio PEN/Benenson Courage e, ao mesmo tempo, mensagens de ódio.
Em março de 2020, Breonna Taylor foi morta no Kentucky; em fevereiro, o assassinato de Ahmaud Arbery foi registrado na Geórgia, e só semanas mais tarde a mídia divulgou sua morte trágica em rede nacional. A covid-19 matou mais de 600 mil norte-americanos, cujos nomes foram citados nos noticiários locais; as fotos de algumas dessas pessoas foram estampadas nos jornais. Eram ativistas, membros da comunidade, estudantes, socorristas, trabalhadores essenciais, funcionários públicos federais e municipais, familiares, e outros fizeram uso dessas imagens para forçar a mudança, diante de um histórico de injustiças.
Meu coração fica apertado quando relembro as palavras de minha avó: “Menina, os mortos nunca te deixam”. Um grande número de homens negros e mulheres negras continua sofrendo discriminação racial, abuso físico e emocional, exclusão econômica e, muito frequentemente, morrendo, como todos nós estamos testemunhando na mídia social e na imprensa.
“Minha câmera se encaixa perfeitamente na palma da minha mão, e é preta. Tenho certeza de que minha pele preta também teve algo a ver com o motivo por que um policial achou que eu estava empunhando um revólver algumas semanas atrás, enquanto eu caminhava por uma rua do Brooklyn. Durante os recentes protestos em Nova York, tudo o que eu queria era estar nas linhas de frente, contando nossas histórias. Apesar disso, enquanto eu andava em círculos em torno da Foley Square, em Manhattan, meu coração e meu espírito simplesmente não davam conta. Não me restava mais nada; eu estava tão fraco, a câmera simplesmente era pesada demais.”
Andre D. Wagner
The New York Times, 19 de junho de 2020
Comecei a pensar sobre a morte das pessoas negras bem antes da pandemia, dos lockdowns globais e das medidas de enfrentamento e controle que passaram a ser nossa realidade cotidiana. Nunca vou esquecer a foto do corpo inchado e brutalmente espancado do jovem Emmett Till publicada na revista Jet em 1955. Muitos jovens norte-americanos negros passaram por episódios de confronto hostil com a polícia; esses episódios se intensificaram com o passar dos anos, em decorrência dos protestos sociais.
Ao longo de décadas, em todo o território dos Estados Unidos, os negros foram mortos, agredidos com jatos de água, presos e submetidos a leis injustas. Os fotógrafos que registraram agressões brutais e sociais construíram uma nova consciência visual para o público norte-americano, ao criar uma linguagem fotográfica de “testemunho” de sua experiência individual e coletiva.
Em 27 de abril de 1962, houve uma troca de tiros entre a polícia de Los Angeles e membros da Nação do Islã. Ronald Stokes, um dos membros da Nação, foi morto. Catorze muçulmanos foram presos. Um deles foi acusado de tentativa de homicídio, e os outros, de lesão corporal e resistência. Um ano depois, Malcolm X investigou o incidente e o julgamento. O renomado fotógrafo Gordon Parks comentou da seguinte maneira sua foto de Malcolm X exibindo o membro da Nação brutalmente agredido: “Lembro-me da noite em que Malcolm falou, depois de seu irmão Stokes ser morto em Los Angeles, e ele estava segurando uma foto enorme da autópsia, com um buraco de bala na nuca. Malcolm estava bravo, na ocasião; estava furioso. Era uma manifestação muito grande. Mas ele não perdeu o controle em nenhum momento. A imprensa tentou passar a imagem de que sua militância era violenta, leviana e descontrolada. Mas Malcolm sempre manteve o autocontrole, sempre pensava no que convinha fazer na arena política.”
Compartilho esse caso porque sou atenta ao passado, devido à questão da cultura visual. Essa história é importante, embora ela me perturbe – ainda mais depois que a Escola Gordon Parks foi vandalizada em St. Paul, Minnesota, em 28 de maio de 2020.
“As imagens que mais persistentemente confrontaram minha câmera foram as de crime, racismo e pobreza. Fui trespassado pela brutalidade dos três temas. Mesmo assim, me mantenho atento às imagens que transmitem serenidade e beleza, e por isso minha câmera buscou os esplendores evanescentes da natureza. Registrá-los era questão de desenvolver uma capacidade de observação, uma espécie de metamorfose por meio da qual eu recorria às coisas que me eram caras – a poesia, a música e um certo aspecto de aquarela.”
Gordon Parks
Árias em silêncio (Little, Brown & Co., 1994)
História!! James Baldwin disse: “Aceitar nosso passado – nossa história – é diferente de nos afogar nela; trata-se de aprender como usá-la”. Por diversas razões, o ano de 2020 me deixou confusa, mas talvez tenha sido sobretudo porque Baldwin era um escritor meticuloso, que não economizava palavras, de modo que seu uso dos verbos “aprender” e “usar” na citação acima não passa de uma reiteração disso, da funcionalidade. Aprender a usar a arte (a imagem). E corrigir a história. Em 1987, Toni Morrison escreveu em Amada: “E, ah, meu povo, lá fora, escutem bem, eles não amam o seu pescoço sem laço e ereto. Então, amem o seu pescoço; ponham a mão nele, agradem, alisem, endireitem bem.” Associo essas palavras à morte de George Floyd.
Ao considerar algumas das imagens mais impactantes de protestos sociais, penso nas imagens que têm a capacidade de inflamar um grupo variado de pessoas. Por exemplo, a imagem aterradora de Floyd implorando por sua vida; o atentado à bomba de 1963 à igreja batista da rua Dezesseis, em Birmingham, em que morreram quatro menininhas negras que estavam na escola dominical; e, nesse mesmo ano, a vista do monumento de Washington, enquanto manifestantes do país inteiro marchavam para ouvir o dr. Martin Luther King Jr. fazer seu discurso icônico “Eu tenho um sonho”. Nunca vou esquecer a foto do jovem Emmett Till! E, então, de novo, uma foto de família também pode ser uma imagem poderosa, visto que tem a capacidade de projetar as esperanças e os sonhos dos indivíduos que posaram para a câmera.
A fotografia é o espaço em que encontro minha voz como autora de imagens e curadora. Também vejo a fotografia como o recurso ideal para a defesa dos direitos, porque ela me ajuda a refletir sobre o trabalho crítico de ativistas, artistas e membros da comunidade que a utilizam como voz visual para expor as injustiças.
Graças à câmera, vemos imagens que motivaram comunidades de Norte, Sul, Leste e Oeste a construir consciência social, e que sensibilizaram a opinião pública da primeira metade do século 20 até hoje. Ao ver essas fotografias, somos lembrados de que nossos atos de agora afetarão o futuro, assim como os atos de determinados indivíduos durante o movimento em defesa dos direitos civis modificaram o mundo dos norte-americanos negros. Aquelas imagens foram um chamado à ação.
Entre as primeiras fotografias de protesto conhecidas nos EUA, estão imagens de manifestações da Associação Nacional para o Progresso das Pessoas de Cor contra linchamentos, de segregação, de encontros da Ku Klux Klan e de pessoas diante de prédios do governo federal e estadual exigindo o fim da segregação nas décadas de 1920, 1930, 1940, 1950 e 1960. Inúmeros fotógrafos contribuíram para dar ressonância a diferentes histórias de vozes sub-representadas durante a luta contínua por justiça racial.
“Sou um reflexo do mundo que me cerca. O que acontece comigo, acontece com você, comigo e conosco. Quando fiz essas fotografias em 2014, nunca imaginei, nem em meus sonhos mais ousados, a chama que seria acesa pelo assassinato público de George Floyd. Hoje o nome dele funciona como um marco singular de mudança. Extraordinário. Encorajo vocês a utilizar suas vozes como armas contra a violência do racismo. Falem sobre o racismo com as pessoas, pronunciem seu nome feio, encarem-no em todo o seu horror, renunciem a ele, expulsem-no de seus corações e de seus lares, alijem-no de nosso meio, tratem de exilá-lo para os rincões do mundo; só então, talvez, conheceremos algum tipo de paz.”
Carrie Mae Weems
The New York Times, 19 de junho de 2020
Hoje, mais uma vez, fotógrafos e jornalistas cidadãos registram e divulgam desigualdades contra os negros, como violência racial e restrições ao direito de votar. As imagens dos apoiadores de Trump ocupando o Capitólio em 6 de janeiro de 2021 nos oferecem uma nova percepção das desigualdades em termos de justiça social, com a polícia que faz a segurança do Capitólio permitindo que a escória dos baderneiros de Trump, quase todos brancos, danificasse, matasse, intimidasse e destruísse escritórios no edifício histórico, enquanto ocorria uma sessão conjunta do Congresso para autenticar as eleições presidenciais de novembro nos EUA. Essas imagens mostram as duras realidades que justificam a necessidade de movimentos sociais no país inteiro.
As imagens de George Floyd, e de outros que morreram desde então, inclusive em decorrência da covid-19, têm ressonância hoje porque um vídeo feito com celular e outros registrados por câmeras de segurança localizadas pelas equipes de jornalismo da televisão e por fotógrafos de jornais e revistas deram visibilidade à narrativa perturbadora de abuso que mães contra a violência armada e apoiadores do fim das mortes com motivação racial vêm defendendo ao longo dos últimos 20 anos, e até mais.
Mulheres, meninas, homens e garotos de famílias negras e mestiças passaram por episódios de confronto hostil que se intensificaram em suas comunidades e que foram testemunhados por amigos, familiares, passantes e representantes da mídia graças às redes sociais. As repostagens e os retuítes empoderaram essa nova geração de produtores de imagens – uma geração que olha criticamente para os acontecimentos que registram. Eles criaram uma linguagem de testemunho daquilo que veem e percebem como errado! Estão com raiva e exigem mudança.
Coletivamente, precisamos continuar lembrando que a fotografia e as imagens podem ser tanto empoderadoras como nefastas; elas podem nos ajudar a forçar modificações nas leis, em nosso esforço de encontrar palavras para o momento doloroso que estamos vivendo. Sinto-me estimulada pelo ativismo dos estudantes que fotografam este momento de grande tensão e ao mesmo tempo fazem fotos dos motivos das desigualdades. Conclamo todos a utilizar essa energia incrível para continuar votando, para documentar as injustiças, para ser estimulados pelas vozes das pessoas boas em todo este país, contando essa história globalmente e exibindo os rostos de Breonna Taylor, Ahmaud Arbery e George Floyd em suas máscaras faciais, suas camisetas, seus cartazes e suas pichações, e para garantir que essa seja a última vez. ///
Tradução do inglês de Heloisa Jahn.
Deborah Willis (Filadélfia, EUA, 1948) é fotógrafa, curadora e professora da Tisch School of Arts em Nova York. Autora de diversos livros, o mais recente The Black Civil War Soldier: A Visual History of Conflict and Citizenship (NYU Press, 2021). Recebeu a bolsa MacArthur em 2000.
+
Picturing Us, African American Identity in Photography, de Deborah Willis (The New Press, 1996)
The Sweet Flypaper of Life, de Roy DeCarava e Langston Hughes (First Print Press, 2018)
The Civil Rights Movement: A Photographic History, 1954-68 (Abbeville, 1996)
Tags: Black Lives Matter, Direitos Civis, racismo