A imagem da violência, série Flans, 1968	Dura assassina, série Flans, 1968

A Fundação Bienal de São Paulo anunciou ontem a relação de representantes brasileiros que serão levados à Bienal de Veneza em 2015: Antonio Manuel, Berna Reale e André Komatsu. A escolha foi feita pelos curadores Luiz Camillo Osorio e Cauê Alves, a convite da Fundação, que neste ano rompeu com o sistema em vigor até a última edição — em que curadores elegiam representantes para Veneza  entre os artistas expostos no pavilhão do Ibirapuera. Sob o título É tanta coisa que não cabe aqui, inspirado nos cartazes das manifestações que tomaram o Brasil em junho de 2013, a exposição busca unidade num “engajamento […] sem perda da intensidade lírica”. A tônica política, tão evidente nos trabalhos de Antonio Manuel, que desafiaram a ditadura militar, também é vista na produção de Berna Reale e André Komatsu, que compartilham do “mesmo destemor no uso do corpo e da materialidade crua à nossa volta, trazendo à luz o que fica à margem do visível, mas que revela os conflitos de um país e de um mundo fragmentado e brutal”, enfatiza Osorio. 

Antonio Manuel é um dos principais nomes ligados ao experimentalismo no Brasil a partir dos anos de 1960. Suas séries Flans e Clandestinas foram publicadas na ZUM # 6, com texto de Luiz Camillo Osorio. Clique para ler A Política da Imagem, disponível na íntegra.