Recomendações ZUM: nova fotografia turca, Allan Sekula, Yukichi Watabe, Juan Pablo Echeverri e mais
Publicado em: 27 de julho de 2023A revista eletrônica Musée resenha a exposição Fish Story (História de peixe), do artista Allan Sekula (1951-2013), em cartaz no The Walker Art Center, em Mineápolis. É a primeira vez que o trabalho é apresentado nos Estados Unidos desde sua turnê de estreia em 1999. O projeto, composto por nove capítulos de imagens e textos, investiga o impacto político, social e ambiental da indústria marítima globalizada e desafia o espectador a reconsiderar sua relação com o oceano. “O conteúdo e a forma das imagens de Sekula desafiam o espectador a não apenas considerar como os limites de uma imagem emoldurada configuram o mar em nossas mentes, mas também como o capitalismo global dividiu, combinou e negligenciou partes do oceano ao longo dos processos nacionais e econômicos.”
Matéria publicada pelo jornal Japan Times conta em detalhes a história por trás de uma caixa de fotografias encontradas em Londres. Tais fotos deram origem ao aclamado fotolivro Uma investigação criminal, do japonês Yukichi Watabe. “A polícia jamais permitiria que um fotógrafo acompanhasse uma investigação policial em andamento. Nem no Japão, nem em nenhum outro lugar do mundo. Aqui, tínhamos um registro quase diário de policiais em busca de pistas: hotéis baratos, salas de espera em estações de trem, pequenas estradas de terra”.
A revista Aperture publica matéria sobre os autorretratos subversivos e multifacetados do artista colombiano Juan Pablo Echeverri. “Sendo um colecionador obsessivo cuja vida inteira foi a pré-produção de projetos futuros, ele pegou amostras da cultura pop por onde passou e as transformou em adereços para cenários que tomaram forma em sua cabeça muito antes de serem realizados em curtos e frenéticos períodos de trabalho.”
O site do British Journal of Photography publicou um relato da sua editora, Diane Smyth, sobre a semana de abertura da edição de 2023 do Festival Encontros de Arles, que acontece na cidade francesa. Smyth pergunta: “A fotografia e os festivais de fotografia podem abrir caminho para uma mudança radical ou são apenas mais uma camada de distração? A resposta, suponho, é ambas as coisas.”
Neste verão, a National Portrait Gallery (NPG) de Londres reabriu as suas portas após três anos de reformas. Uma das exposições da galeria destaca a obra de Madame Yevonde, pioneira da fotografia colorida no início do século 20. “A fotografia colorida era ‘absurdamente cara’ e ‘muito complicada’, escreveu Madame Yevonde em sua autobiografia de 1940, In Camera. Mesmo assim, ela se tornou uma pioneira do processo Vivex, uma técnica de impressão tricrômica desenvolvida no final da década de 1920 que exigia três folhas de pigmento colorido, 80 etapas e doze horas para ser concluída. Logo depois, em 1935, o filme Kodachrome chegou ao mercado, tornando a fotografia colorida muito mais acessível.”
Exposição online no site da instituição holandesa FOAM apresenta uma nova geração de fotógrafos turcos. Batizada de Kismet: novas perspectivas, a mostra destaca trabalhos dos artistas Oğulcan Arslan, Alp Peker, Kıvılcım S. Güngörün e Cansu Yıldıran. Eles refletem de diferentes maneiras o mundo ao seu redor, utilizando o retrato, a performance, colagens digitais e a fotografia documental.
Sobre tecnologia, IA e fotografia. Em sua série 49/23, o fotógrafo Gregory Eddi Jones considera as implicações do avanço rápido da tecnologia ao entrelaçar a fotografia vintage e as imagens geradas por IA. Em entrevista ao site Lens Culture, Jones diz que “estava interessado em fazer fotos realmente comuns que parecessem ir contra o espetáculo de imagens que a maioria parece buscar na IA.” ///