Recomendações ZUM: Carrie Mae Weems, Sebastião Salgado, Kikuji Kawada, Jonas Bendiksen, Rinko Kawauchi e mais
Publicado em: 29 de outubro de 2021
Uma década após a publicação de Illuminance, o livro que revelou para o mundo o trabalho de Rinko Kawauchi, o site da revista Aperture publica artigo sobre a obra da artista japonesa. “O que me fascina nas fotos de Kawauchi é que elas nos colocam numa condição de suscetibilidade em relação à duplicidade da realidade. O mundo em que habitamos não é apenas o mundo autocontido dos seres humanos. Ao mesmo, ele está aberto para o reino misterioso que opera no limite do mundano da vida humana.”
A revista digital Hyperallergic publicou o ensaio visual que a artista norte-americana Carrie Mae Weems fez em resposta à canção A change is gonna come (Uma mudança virá), obra clássica de Sam Cooke sobre a luta dos negros americanos por seus direitos nos anos 1960. O ensaio de Weems faz parte do livro Ways of Hearing: Reflections on Music in 26 Pieces (Formas de ouvir: reflexões sobre música em 26 peças), editado por Scott Burnham, Marna Seltzer e Dorothea von Moltke, e publicado pela Universidade de Princeton.
Em entrevista publicada no site da agência Magnum, o fotógrafo Jonas Bendiksen conversa sobre The book of Veles (O livro de Veles), seu recém-lançado livro. Bendiksen conta a intrincada história por trás da criação do livro, um projeto cuja trajetória incomum após o lançamento foi tão bizarra quanto o tema que inicialmente o inspirou. “Fiquei fascinado pela ideia de que adolescentes na longínqua Macedônia do Norte tivessem desempenhado um papel importante no cenário político americano. Suas intenções eram totalmente apolíticas: eles só queriam ganhar algum dinheiro, em uma cidade que tinha muitos jovens desempregados. Então se tornaram hackers e manipuladores de informação porque encontraram uma maneira criativa de ganhar dinheiro, mais do que qualquer desejo de criar confusão nos EUA”, comenta o fotógrafo.
Um dos fotolivros japoneses mais celebrados da história, a obra-prima O mapa, de Kikuji Kawada, acaba de ser relançado pela editora inglesa Mack. A nova edição é fac-símile da maquete feita à mão por Kawada ainda nos 1960, uma versão bastante diferente da que seria lançada comercialmente. Artigo do jornal inglês The Guardian conta a história que colocou O mapa na prateleira dos mais importantes fotolivros já publicados. “Kikuji Kawada tinha 25 anos quando visitou Hiroshima pela primeira vez. Era julho de 1958 e ele fora designado por uma revista japonesa para ajudar Ken Domon, um fotógrafo renomado 14 anos mais velho. Enquanto Domon trabalhava dentro e ao redor do Parque da Paz de Hiroshima, Kawada se viu atraído pelas ruínas de um edifício com estrutura de aço, outrora ornamentado, que havia sido seriamente danificado, mas que de alguma forma permaneceu de pé, após os Estados Unidos lançarem a primeira bomba atômica sobre a cidade às 8h15 do dia 6 de agosto de 1945, destruindo tudo em um raio de um quilômetro.”
O jornal inglês Financial Times conversou com Sebastião Salgado a respeito da exposição Amazônia, em cartaz no Museu de Ciência de Londres. O fotógrafo brasileiro destaca a importância de alertar o mundo do risco que a região amazônica corre e o impacto sobre toda a humanidade. “ A maioria das pessoas não tem uma noção real da crise causada pelas mudanças climáticas, mas as tribos amazônicas estão sofrendo muito com essa mudança de temperatura.”
A edição brasileira do jornal El País publicou matéria sobre as mortes por “selfies” em lugares arriscados, uma “atividade” que matou, em média, uma pessoa por semana em todo o mundo desde o começo do ano. “É um problema emergente que, pelas dimensões que adquiriu, já pode ser considerado de saúde pública. O estudo nos ajudou a dimensioná-lo, o que é o primeiro passo para tomar medidas para enfrentá-lo”, afirma Manuel Linares Rufo, presidente da Fundação iO e pesquisador principal do estudo, o maior já feito até hoje.
Realizada no início de outubro, a edição deste ano do festival mexicano CAMPO promoveu uma série de conversas, debates e seminários sobre as noções de tempo e espaço e suas diversas intersecções com as narrativas visuais possíveis. Os vídeos dos encontros estão disponíveis do site do festival, com destaque para a masterclass da agência Forensic Architecture sobre suas ferramentas, objetivos e como se relacionam com a estética, tecnologia e pesquisa. ///
Tags: amazônia, fake news, fotografia japonesa, fotolivros