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Recomendações ZUM: festivais on-line de fotografia, Carrie Mae Weems, Giselle Beiguelman, Lora Webb Nichols e mais

nome do autor Publicado em: 16 de abril de 2021

 

Partitura musical de “Deus abençoe a criança”, de Carrie Mae Weems, 1995-96. Da série Daqui eu vi o que aconteceu, 1995–96. Cortesia do MoMA, Nova York e publicado no site da revista Aperture.

O MoMA de Nova York expõe dois dos primeiros trabalhos da artista Carrie Mae Weems. Realizadas entre 1995 e 1996, as séries From Here I Saw What Happened (Daqui eu vi o que aconteceu) e I Cried (Eu chorei) confrontam a complexa história da fotografia americana. Em ensaio publicado no site da revista Aperture, a pesquisadora e curadora norte-americana Sasha Bonét ressalta a força desses dois trabalhos de Carrie Mae Weems: “ser negro na América muitas vezes significa que sua história foi deliberadamente retida e os fragmentos que permaneceram foram reformulados para velar os terrores inescrupulosos que construíram os alicerces desta nação”.

 

Foto de @pedrocks_

O site da revista i-D selecionou 21 nomes que, na visão da revista, refletem uma geração de fotógrafos de moda que estão redefinindo a imagem da moda brasileira. “Alguns adotam um olhar documental sobre a vida cotidiana nos subúrbios; outros abraçam questões de masculinidade contemporânea e rejeitam a estética ‘subalterna’ do corpo negro.”

 

Nida Deal, Sis Heaton, Ruth Dunbar e Nina Platte, de Lora Webb Nichols, 1913. Foto publicada no site do jornal El País.

Matéria publicada pela edição espanhola do jornal El País resenha Encampment, livro que apresenta pela primeira vez parte da obra de Lora Webb Nichols, uma pioneira da fotografia norte-americana só recentemente descoberta. Natural da pequena cidade de Encampment, Wyoming, Nichols deixou mais de 24 mil negativos, feitos entre 1899 e 1935, que mostram a vida cotidiana dessa pequena e remota comunidade atormentada pela ascensão e queda da mineração de cobre, bem como a Grande Depressão.

 

Foto do livro Como parecer natural em fotos, de Beata Bartecka e Łukasz Rusznica, 2021. Publicada pelo site The Calvet Journal.

A revista online The Calvet Journal, especializada em arte, fotografia e cultura do leste europeu, publicou uma resenha sobre o livro How to look natural in photos (Como parecer natural em fotos), da curadora Beata Bartecka e do fotógrafo e galerista Łukasz Rusznica. Feito a partir de uma extensa coleção de imagens de um arquivo muito particular do Instituto de Memória Nacional da Polônia, o da Comissão para o Julgamento de Crimes Contra a Nação Polonesa (IPN), o livro apresenta cerca de 150 fotos realizadas ao longo de 100 anos de investigações e espionagens realizadas por agentes da polícia secreta comunista e também por oficiais nazistas. Segundo Rusznica “o livro é uma espécie de armadilha. As fotos são vistas sem o contexto de quem as tirou e por quê, funcionam apenas como imagens. Só com o tempo, e se chegar ao final do livro, o espectador poderá ler o que está vendo e o que são essas fotos. Essa dúvida ética é um elemento essencial do livro”.

 

 

Frame do documentário nhonhô</em., de Giselle Beiguelman e Ilê Sartuzi.

Até o próximo domingo, dia 18, está em cartaz no site do Videobrasil o documentário experimental nhonhô, de Giselle Beiguelman e Ilê Sartuzi. A obra faz uma releitura da história de São Paulo a partir da arquitetura do Palacete de Nhonhô Magalhães, em Higienópolis. No vídeo, uma câmera atravessa os ambientes da casa vazia, reconfigurados por fotogrametria e colorizadas retrospectivamente por IA, enquanto um narrador cruza o personagem com a história do bairro e o presente da cidade.

 

Foto de Kuaray Mirim.

Entre os dias 17 e 25 de abril acontece o rec.tyty, festival de artes indígenas idealizado pelo Instituto Maracá e com curadoria de Ailton Krenak, Cristine Takuá, Carlos Papá, Naine Terena e Sandra Benites. Na plataforma online desenvolvida para o festival, além de obras visuais, sonoras, cinematográficas e fotográficas, acontecerá um ciclo de conversas sobre culturas indígenas e suas tradições e contemporaneidades. Na fotografia, serão apresentados trabalhos de Dario Yanomami, Edgar Xakriaba, Fabiano Verá da Silva Guarani Mbya, Kamikia Kisedje, Kronun Kaingang, Kuaray Mirim, Richard Werá Mirim, Ubiratã Suruí, Vhera Poty Guarani Mbya e Yara Ashaninka.

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Começa no próximo domingo (dia 18) o primeiro Festival de Fotógrafas Latinoamericanas (FFALA), com uma programação que visa criar espaços de encontro, diálogo, reflexão, formação e exposição que valorizem a produção das fotógrafas latinoamericanas. Totalmente on-line, o festival será aberto com uma palestra da curadora Andrea Giunta intitulada Feminismo(s) na Arte Latinoamericana: intervenções entre o museu e a cidade. Confira a programação completa do FFALA no site do evento.

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Na próxima quarta-feira (dia 21), acontece no site do CCS Bard Hessel Museum of Art a live Arte, cura, transmutação: uma conversa com Castiel Vitorino Brasileiro e Denise Ferreira da Silva, com moderação de Vivian Crockett. A artista irá falar sobre a instalação Eclipse, primeira obra de Castiel exibida nos Estados Unidos e que aborda questões de cura e descolonialidade. ///

 

 

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