No próximo mês de maio, a editora Steidl irá lançar uma nova versão expandida e redesenhada do livro Born Black (Nascido Negro), clássico do fotógrafo norte-americano Gordon Parks publicado originalmente em 1971. “Em 1948, a revista Life contratou Parks para trabalhar como fotógrafo e redator. Ao longo das décadas seguintes, ele narraria alguns dos eventos mais significativos dos direitos civis e dos movimentos Black Power, como a Marcha de 1963 em Washington e as mortes de Martin Luther King Jr e Malcolm X. Com a ajuda do editor Genevieve Young, Parks publicaria Born Black, uma coleção de nove artigos encomendados pela Life de 1963 a 1970.”

A polêmica fotografia adulterada de Kate Middleton, princesa de Gales, com seus filhos gerou uma enxurrada de memes e boatos. Editorial do jornal britânico The Guardian destaca que “a primeira regra da celebridade é que, uma vez que você liga a máquina de publicidade, manter segredos está fora de questão. A princesa admitiu que editou a fotografia, mas não porque ou o que editou. Nesta fase, a privacidade não funciona. Gera boatos, fofocas e invenções. Quando notícias e imagens falsas são generalizadas, o sigilo é inimigo da verdade. Basta dizer qual é o problema. É mais provável que gere respeito.” O site Vox publicou uma entrevista com um especialista em tratamento de imagens sobre os vários detalhes que mostram a manipulação da foto.

O site Afterall publicou um texto crítico sobre Assentamento, série da artista brasileira Rosana Paulino. Neste trabalho, “Paulino imagina as mulheres negras como sementes e raízes da sociedade e da cultura no Brasil. Foram o seu sofrimento e as suas conquistas que ‘povoaram’ a terra e deram origem a outros universos que continuam a opor-se à ordem mundial da colonialidade. Este processo de colonização e luta desenrola-se sob um horizonte de morte que assombra o seu trabalho. O genocídio e o terror construíram o Estado-nação e continuam a caracterizar a relação dos negros brasileiros com ele.”

Destaque da revista holandesa FOAM na sua tradicional edição dedicada aos novos talentos da fotografia, a série Las flores mueren dos veces (As flores morrem duas vezes), do mexicano Cristóbal Ascencio “é uma exploração pessoal da perda, tristeza e reconciliação após a morte do pai do artista. Através de diversas ferramentas de criação e manipulação digital, Ascencio criou uma exploração poética das suas memórias pessoais, alterando fotos de família e recriando o último jardim onde o seu pai trabalhou.” 

Em cartaz no MoMA de Nova York, a exposição Photography and language (Fotografia e linguagem) é inspirada na mostra homônima realizada em 1976 em San Francisco, organizada pelo artista Lew Thomas e ponto de virada para toda uma geração interessada numa abordagem conceitual do meio fotográfico. “A atual exposição inspira-se nesta experiência crucial na história da fotografia para ir além, incluindo obras de 12 artistas americanos e internacionais: além de Hal Fischer, Lew Thomas e Donna-Lee Philips (membros da cena fotográfica da Bay Area) incluem Jared Bark, Matt Keegan, Robert Cumming, Valie Export, Marcia Resnick, Sunil Gupta, Keiji Uematsu, On Kawara e Martha Wilson. Um elemento comum é a influência que a arte conceitual tem exercido na prática dos artistas, especialmente na investigação da relação entre o meio fotográfico e a expressão linguística.”

O site da BBC News Brasil destaca o trabalho dos fotógrafos mineiros Afonso Pimenta e João Mendes, conhecidos como Os Retratistas do Morro. Os dois juntos são responsáveis por um acervo de cerca de 250 mil retratos, produzidos entre a década de 1960 e o início do século 21. “São visões da realidade brasileira que permaneceram ocultas por séculos. Quando elas vêm à tona, a gente fica paralisado por sua beleza, e um grande encantamento inunda todos nós. Mas o apelo visual não é a única dimensão desse trabalho. Os retratos formam um campo em torno do qual orbitam inúmeras memórias pessoais. Juntas, elas formam um gigantesco imaginário coletivo.” Leia também matéria publicada na ZUM #14 sobre a história e a obra dos retratistas.

Nazistas negros? Uma mulher papa? Esse é apenas o começo do problema de IA do Google. Na semana passada, o Google foi forçado a pisar no freio do desenvolvimento do seu gerador de imagens de IA, chamado Gemini, depois de reclamações vindas de alguns usuários. “A polêmica começou com uma postagem no X. De acordo com o usuário @EndWokeness, quando solicitada a imagem de um dos fundadores dos Estados Unido, o Gemini mostrou um homem negro, um nativo americano, um homem asiático e um homem de pele relativamente escura. Solicitado o retrato de um papa, foi mostrada a imagem de um homem negro e de uma mulher negra. Os nazistas também foram retratados como racialmente diversos.” ///

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