Novo trabalho de Julio Bittencourt inaugura galeria de fotografia no Rio de Janeiro
Publicado em: 16 de julho de 2014A individual Algumas coisas são perdidas para nunca mais serem encontradas apresenta 16 imagens de Julio Bittencourt até 26 de setembro na galeria 1500 Babilônia. Depois dos ensaios Ramos, publicado na primeira edição da revista ZUM, e Prestes Maia, marcantes em seus retratos, o fotógrafo passa a explorar o sujeito, agora oculto, através das marcas do predicado: “Talvez eu tenha levado a solidão e o silêncio ao extremo neste projeto, no âmbito pessoal, mas com certeza não deixei de fotografar pessoas – elas só não estavam mais lá”, afirma Bittencourt.
As fotos, que levaram dois anos e meio para constituir o ensaio escuro e solitário, foram feitas em espaços abandonados – uma ilha no sul do Japão e fábricas desativadas no centro de São Paulo. Bittencourt fez os disparos entre 19h e 5h, no breu total, prolongando o instante fotográfico em exposições que variavam de três a seis horas por foto. “São imagens residuais às avessas, que se depositam em nossa mente não pela incidência luminosa, mas pela intensidade do escuro”, comenta a curadora da exposição Illana Bessler.
A mostra inaugura a nova sede da galeria de arte especializada em fotografia 1500 Babilônia, que se transferiu de Nova York, onde fora aberta em 2010 como 1500 Gallery, para o Morro da Babilônia, uma favela carioca pacificada. Entre os fotógrafos representados por ela estão Bruno Cals, Edouard Fraipont, Julio Bittencourt e Hirosuke Kitamura (Oske).
IMAGENS ©Julio Bittencourt
Tags: 1500 Gallery, Algumas coisas são perdidas para nunca mais serem encontradas, Bruno Cals, Edouard Fraipont, Hirosuke Kitamura (Oske), Julio Bittencourt