No dia 8 de junho de 1968, três dias após o assassinato de Robert F. Kennedy, então senador e candidato do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, seu corpo foi transportado de trem de Nova York para Washington D.C., onde foi sepultado. Em torno dessa viagem, acontecida há 50 anos, o MoMA de São Francisco organizou a exposição O Trem: A última jornada de RFK. Apresentadas em conjunto pela primeira vez, a mostra apresenta três projetos de três diferentes artistas: fotografias, uma videoinstalação e a projeção de um filme, todas elas relacionadas ao trem funerário de Robert Kennedy.
A exposição parte da série O trem funerário de RFK (1968), um conjunto de cerca de 80 fotografias coloridas feitas por Paul Fusco, fotojornalista da Magnum que estava à bordo do trem que transportou o corpo de Kennedy. Ao longo da linha férrea, Fusco registrou milhares de pessoas que foram espontaneamente até a beira dos trilhos para homenagear o senador assassinado.
O segundo trabalho exibido no SF MoMA é a videoinstalação A visão das pessoas (2014-2018), do artista holandês Rein Jelle Terpstra, que foi atrás de pessoas que tivessem registrado a passagem do trem em 1968. O resultado são fotos e trechos de filmes caseiros que, junto com depoimentos, compõe o vídeo exibido pela primeira vez nesta exposição.
Inspirado pelas fotos originais de Fusco, o artista francês Philippe Parreno filmou uma reencenação da jornada do trem funerário. Intitulado 8 de junho, 1968 (2009), o filme em 70 mm coloca pessoas ao lado da linha férrea do trajeto original em poses e agrupamentos semelhantes às fotografias feitas por Fusco, criando uma situação que Parreno chama de “ponto de vista do falecido”.///
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