O franco-argelino Mohamed Bourouissa é o vencedor do prestigiado prêmio da Fundação Deutsche Börse em 2020. O anúncio foi feito ontem em cerimônia online organizada pela Prothographers’ Gallery, de Londres. Bourouissa foi escolhido por conta do seu projeto Free Trade (Livre Comércio), que explora a relação entre os indivíduos e os complexos sistemas de mercado e capital.

Com foco na representação de pessoas vivendo em comunidades marginalizadas, Bourouissa, que mora em Paris, a instalação Free Trade foi exibida pela primeira vez em um supermercado em Arles, como parte do festival Rencontres d’Arles. Trabalhando com fotografia, vídeo, pintura e escultura, os projetos de Bourouissa examinam processos socioeconômicos, tensões invisíveis entre diferentes ambientes sociais e as divisões culturais relacionadas. “Quando eu estava na escola, aprendi sobre a história da arte. Mas era uma história que não levava em conta aspectos da minha cultura doméstica ou das pessoas ao meu redor. Então, mais tarde, decidi tentar trazer minha casa e minha cultura para a história da arte. Para mim, é sobre a ideia de integração – como podemos integrar nossas próprias histórias com aquela”, comenta Bourouissa sobre seu trabalho.

 

O júri do Prêmio Deutsche Börse em 2020 foi composto por: Martin Barnes, curador sênior de fotografia do Victoria & Albert Museum, de Londres; Melanie Manchot, artista e fotógrafa, residente em Londres; Joachim Naudts, curador do FOMU – Foto Museum em Antuérpia, Bélgica; Anne-Marie Beckmann, diretora da Fundação Deutsche Börse; e Brett Rogers, diretor da Photographers ’Gallery e presidente do júri.

Os trabalhos de Anton Kusters, Mark Neville e Clare Strand, finalistas do prêmio em 2020 juntamente com Bourouissa, podem ser vistos em um vídeo produzido pela Photographers’ Gallery. ///

 

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