“A hora e o lugar”: conheça os livros de Otto Stupakoff, Jorge Bodanzky e outros
Publicado em: 16 de dezembro de 2015O Instituto Moreira Salles lança neste final de ano a publicação A hora e o lugar, uma caixa com cinco ensaios fotográficos realizados entre 1919 e 1974 por fotógrafos que fazem parte do acervo: Alice Brill, Guilherme Santos, Jorge Bodanzky, Luciano Carneiro e Otto Stupakoff (disponível para compra na Loja do IMS). A organização é de Samuel Titan Jr. e Sergio Burgi. Muito diversos entre si, mas com a intenção de registrar os acontecimentos no calor do momento, as fotografias vão do carnaval carioca aos campos de batalha; de uma São Paulo em desenvolvimento à Amazônia; do Brasil ao extremo oriente. O site da ZUM apresenta um aperitivo de cada livro:
Em Rio de Janeiro, 1919-1932, Guilherme Santos anda pela avenida Rio Branco, percorrida ora por cortejos de Carnaval em 1919 e 1928, ora por revolucionários em 1930. Fotógrafo amador de paisagens e cenas cariocas, foi também pioneiro da introdução no Brasil da fotografia estereoscópica, técnica que aprendeu numa viagem que fez à Europa, em princípios do século XX.
Deixando de lado a fotografia de estúdio, Alice Brill registra em São Paulo, c. 1949-1954 a nova face urbana da capital paulista, às vésperas de seu quarto centenário. A cidade era um canteiro de obras, e sua populção crescia de 2 milhões para quase duplicar em uma década. Este ensaio percorre as linhas da cidade em seu avanço incessante e desmedido.
Jovem estrela de O Cruzeiro, Luciano Carneiro mergulha no turbilhão da guerra para capturar as cenas terríveis de Coreia, 1951. Carneiro fotografou a cidade de Seul destruída, pulou de paraquedas com soldados norte-americanos, registrou o começo das negociações em Kaesong e retratou militares feridos, prisioneiros de guerra e civis em fuga.
No final da década de 1960, Otto Stupakoff viaja por Fiji, Taiti, Indonésia, Vietnã, Índia, Irã e finalmente à Europa antes de voltar a Nova York, onde se estabelecera em 1965. É na capital vietnamita, Saigon, que o fotógrafo irá registrar ciclistas e transeuntes em uma “busca da beleza”, como ele mesmo falava, que pode ser conferida em Saigon, 1967-1968.
O ensaio Brasil, 1964-1974, de Jorge Bodanzky, foi produzido em inúmeras viagens que fez pelo país para desenvolver trabalhos comissionados. Por se tratar de um registro pessoal, não havia um rigor formal e nenhuma preocupação em esconder o veículo que o transportava. Sempre com a câmera na mão e a luz disponível, as fotografias apresentam um país variado e um sentimento de pé na estrada.///
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