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Robby Müller, diretor de fotografia de clássicos como Paris, Texas, tem retrospectiva de sua obra em Berlim

Publicado em: 4 de agosto de 2017

O holandês Robby Müller (1940), um dos mais reconhecidos diretores de fotografia do cinema contemporâneo, tem abrangente retrospectiva de sua obra no Museu Alemão de Cinema e Televisão, em Berlim. O cinematógrafo assinou a fotografia de filmes icônicos do cinema mundial, como a obra-prima Paris, Texas (1984), do alemão Wim Wenders; Daunbailó (1986), de Jim Jarmusch e Dançando no escuro (2000), de Lars von Trier, entre outros.

A parceria com Wenders foi fundamental para o desenvolvimento da carreira de Müller como diretor de fotografia. Foram 14 trabalhos com o cineasta, dos primeiros filmes em preto e branco, como Alice nas cidades (1974), até o “noir colorido” de O Amigo americano (1977) e as deslumbrantes paisagens e interiores de Paris, Texas.

Na indústria cinematográfica norte-americana, a função do diretor de fotografia é traduzir em imagens a visão do diretor e do roteirista do filme, por meio da iluminação adequada, da correta escolha de lentes e equipamentos e do enquadramento preciso das cenas. Neste sistema de produção típico de Hollywood, a operação da câmera pelo diretor de fotografia não é permitida. No entanto, Müller faz questão de, sempre que possível, operar o equipamento, por considerar o movimento da câmera tão importante quanto a iluminação e o enquadramento. Bom exemplo disso são os filmes que fez com o dinamarquês Lars von Trier, como Ondas dos destino (1996) e Dançando no escuro, em que Müller utilizou câmeras portáteis e tecnologia de vídeo para experimentar novos meios de traduzir em imagens as ideias do diretor.

A exposição Robby Müller – Mestre da luz, em cartaz em Berlim até o dia 5 de novembro, apresenta trechos de seus mais conhecidos filmes, além de projeções de imagens e uma seleção de polaroides feitas por Müller nos intervalos das filmagens em que trabalhou.///

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