Recomendações ZUM: Stephen Shore, Nan Goldin, Robert Rauschenberg, Peter Hujar e mais
Publicado em: 19 de novembro de 2025
O site Vulture escreve sobre o aguardado filme Peter Hujar’s Day (O dia de Peter Hujar), atualmente em cartaz nos cinemas dos Estados Unidos. Dirigido por Ira Sachs, o filme é a recriação de uma entrevista que aconteceu em 19 de dezembro de 1974 entre o renomado fotógrafo Peter Hujar (Ben Whishaw) e sua amiga, a jornalista Linda Rosenkrantz (Rebecca Hall). A conversa era destinada a um livro sobre como diferentes pessoas passavam o dia. Grande parte do que ele menciona se refere a um ensaio fotográfico que lhe foi encomendado com o poeta Allen Ginsberg. Mas outros nomes surgem ao longo da conversa — Susan Sontag, William Burroughs, Glenn O’Brien.
O jornal inglês The Guardian resenha Early Work (Trabalho inicial), recém-lançado livro do fotógrafo norte-americano Stephen Shore. “Embora mais tarde tenha conquistado fama pelas fotografias que tirou no estúdio/ponto de encontro de Andy Warhol, a Factory, o trabalho inédito de Early Work pode conter algumas das imagens mais desinibidas e ousadas de Shore – e foram feitas no início dos anos 60, quando ele era ainda um adolescente”.
Em cartaz na cidade Milão, a nova exposição da artista norte-americana Nan Goldin mergulha no subconsciente e no intenso universo emocional da fotógrafa. Matéria publicada no site AnOther ressalta que o nome escolhido, This will not end well (Isso não vai acabar bem), é um presságio da intensidade que está por vir – a mostra apresenta Goldin, uma das fotógrafas vivas mais famosas, como uma cineasta completa. “Eu nunca me importei muito com fotografia… enquanto o cinema tem sido meu meio de expressão principal a vida toda”, diz Goldin.

Ensaio da artista e antropóloga visual Nadia Dina Yahlom publicado no site Photoworks aborda a memória intergeracional, a resiliência e a transmissão da experiência política ao longo do tempo. Parte de uma série sobre envelhecimento, o ensaio de Yahlom apresenta o Arquivo das lutas de mulheres na Algéria (Archives des luttes de femmes en Algérie). Originalmente concebido pelas cientistas sociais Saadia Gacem, Awel Haouati e Lydia Saidi, trata-se de um arquivo com relatos audiovisuais e textuais dos papéis das mulheres argelinas na organização e resistência militante, particularmente centrado no final da década de 1980 e início da década de 1990, um dos períodos de intensa luta política que se seguiu à independência do colonialismo francês em 1962.

Em homenagem ao centenário de Robert Rauschenberg (1925-2008), o Museu Guggenheim de Nova York apresenta a exposição Life Can’t be Stopped (A vida não pode ser interrompida), uma coleção de obras que demonstram a habilidade do artista em fundir materiais e mídias para criar obras surpreendentes. A mostra se concentra na incorporação de imagens fotográficas por Rauschenberg em seus desenhos, pinturas e filmes. “A crença de Rauschenberg de que a arte enriquece todos os aspectos de nossas vidas é evidente na totalidade de sua obra. Ele transita por todas as disciplinas, da fotografia à dança, e as entrelaça em perfeita harmonia.”
Por conta da exposição Jeff Wall. Fotografias, em cartaz na cidade de Turim, o Giornale Dell’Arte entrevistou o fotógrafo canadense sobre a sua obra e carreira, desde as fotografias mais importantes do final da década de 1970 até as mais recentes. Wall fala de seu processo criativo e revela como seu trabalho não é uma reflexão formal “simples”, mas uma verdadeira investigação social e política por meio de imagens.
A série Fotografia e o invisível, publicada no site do Walker Art Center, explora as conexões entre fotografia, espiritualismo, arte e o invisível. Escrito pela pesquisadora Shannon Taggart, o artigo Toda imagem é um fantasma destaca que “desde a invenção da fotografia em 1839, as pessoas tentam fotografar coisas que não podem ver — fantasmas, sonhos, orações, doenças, pecados, poderes psíquicos e até mesmo a alma humana. As imagens resultantes são, por vezes, belas, frequentemente perturbadoras e altamente questionáveis. O mesmo se aplica às metodologias que as produziram.” ///











