Microfilme

Começa a surgir uma história…

Letícia Ramos Publicado em: 27 de março de 2014

 

 

 

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«Recordamo-nos de ter, por algumas vezes, visto funccionar esse telegrapho, a cujo serviço estavam dois veteranos que se revezavam de seis em seis horas. Era muito curioso o seu serviço que demandava a maior attenção. O telegraphista estava sentado n.um banco alto, para melhor poder consultar alternadamente os dois oculos de alcance que se conservavam assestados, cada um, em orificio proprio aberto na parede. Do tecto da pequena e estreita casita pendiam tres cordas, cada uma das quaes correspondia a uma das tres grades de madeira, pintadas de branco e preto, para signaes. O veterano servia-se da mão esquerda para com o auxilio das cordas imprimir movimento aos quadros e transmittir signaes; e com a direita ia escrevendo n.uma ardósia os signaes que recebia, designados por algarismos, os quaes depois passava ao papel, enviando-o ao governo civil, onde eram decifrados»*

**  “Outros tempos ou Velharias de Coimbra, 1850 a 1880”, de Augusto de Oliveira Cardoso Fonseca, publicada em 1911