Festival ZUM 5 anos: como foi
Publicado em: 5 de dezembro de 2016Veja um resumo de como foi o Festival ZUM 5 anos, ocorrido nos dias 3 e 4 de dezembro de 2016, na Biblioteca Mário de Andrade e na Casa Plana. ZUM agradece ao público presente e a todos os expositores e palestrantes. Ano que vem tem mais!
Sábado, 3 de dezembro
Arte/xerox, oficina com Mario Ramiro
No sábado, a partir das 11h, Mario Ramiro dirigiu a oficina Arte/xerox, que propôs aos participantes criarem obras e pequenos zines utilizando uma máquina xerox. Acima, alguns produtos e o artista fazendo uma demonstração.
Imagens urgentes: da arte postal ao cinema de streaming
Mario Ramiro e Mídia Ninja (mediação de Ivana Bentes)
Trecho de streaming em que repórter do Mídia Ninja é preso numa manifestação de junho de 2013 na av. Paulista.
Na primeira mesa do festival, ainda no sábado, o artista Mario Ramiro (substituindo Paulo Bruscky, que por motivos de força maior precisou se ausentar) apresentou as intervenções urbanas do grupo 3nós3 nas décadas de 70 e 80, e o coletivo Mídia Ninja deu ênfase em sua produção de cinema de streaming ao vivo. Para a professora Ivana Bentes, que mediou a conversa, ambas ações falam de intervenção e performance: se os artistas envelopavam uma estátua contando com o apoio de populares que circulavam no local, os repórteres do coletivo se colocam na ação, narrando os acontecimentos e gerando um engajamento sem precedentes de quem assiste; uma nova experiência compartilhada, que é possibilitada também pelas mídias sociais e tecnologias recentes.
Questão de pele: tecnologia e racismo na indústria fotográfica
Lorna Roth (mediação de Dorrit Harazim)
A indústria fotográfica pode ser racista? Na segunda mesa, a canadense Lorna Roth conversou com a jornalista Dorrit Harazim sobre sua pesquisa, que vai dos padrões de cor em filmes e emulsões aos apps de reconhecimento facial, que se mostraram falhos em diversos momentos – não reconhecendo o rosto de pessoas negras ou classificando-as como “gorilas”, por exemplo. Lorna contou ter ouvido de diversas pessoas negras que trabalhavam com fotografia ou TV na era analógica que, se elas tivessem pensado a fabricação dos filmes, teriam-nos feito de maneira diferente, com uma latitude maior.
Sem fronteira: uma viagem entre o cinema e a fotografia
Arthur Omar (mediação de Ismail Xavier)
“Não vejo mais uma separação entre a fotografia ‘estática’ e a ‘em movimento’, o cinema. A fotografia para mim é a arte do movimento.” Na última mesa do sábado, Arthur Omar conversou sobre as interseções entre sua obra fotográfica e cinematográfica com Ismail Xavier. Para o professor e crítico, o olhar de Omar é uma experiência do corpo, e evidencia sempre campos de força que estão em fricção.
Feira de publicações e ocupação Casa Plana
Durante todo o sábado, a Plana ocupou o terraço com uma pequena feira de publicações fotográficas, reunindo sete editoras independentes (Companhia Rapadura, Editora Criatura, Editora Madalena, Truque, Vibrant, Kaput, 4478zine, Fotos dos Outros e Olhavê) e três artistas (Max Pereira, Alexandre Furcolin e Walter Costa). Roger Sassaki também esteve presente realizando ambrótipos e ferrótipos.
Domingo, 4 de dezembro
Campeonato de Fotolivros
No domingo, a programação seguiu para a Casa Plana, também no centro de São Paulo, a partir das 14h. Um campeonato de fotolivros organizado pelo coletivo TRAMA propôs um exercício de crítica e debate em forma de jogo coletivo. Foram discutidos lançamentos brasileiros recentes, com a participação do público, dividido em times que argumentaram contra ou a favor de cada título. O “pódio” assim ficou: 1º lugar: não estou sozinho, de André Penteado; 2º: Intergalático, de Guilherme Gerais; 3º: A grande seca, de Ronald Ansbach.///
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