Programação do Festival ZUM 2022
Publicado em: 17 de novembro de 2022O Festival ZUM 2022 acontecerá nos dias 3 e 4 de dezembro, no IMS Paulista. No evento, debates, palestras, oficinas e uma feira de fotolivros. Confira abaixo a programação completa do festival.
SÁBADO, 3 de dezembro
10h: Conversa da Convocatória de Fotolivros 2022 / Biblioteca IMS
Autores e editores apresentam as publicações selecionadas. Entrada livre, por ordem de chegada. Lugares limitados.
12h: Anúncio dos premiados da Convocatória de Fotolivros 2022 / Biblioteca IMS
Três obras serão premiadas por um júri misto. Entrada livre, por ordem de chegada. Lugares limitados.
12h-19h: Feira de fotolivros / térreo e praça
Feira de publicações fotográficas com a participação de editoras, artistas e coletivos do Brasil e do exterior. Livre.
DEBATES
15h – O Futuro Ancestral
Célia Tupinambá + Moara Tupinambá
Mediação de Fernanda Pitta
As artistas debatem as imagens da história e do futuro do país a partir de trabalhos que evocam a presença indígena no Brasil.
[Cineteatro – 145 lugares]17h – Transfigurações de mim
Castiel Vitorino + Gretta Sarfaty + Davi de Jesus do Nascimento
Mediação de Ana Maria Maia
A partir de reflexões biográficas, três artistas usam o próprio corpo para debater temas como os papéis de gêneros, as relações familiares e a religião.
19h – Autorretrato e resistência
Samuel Fosso conversa com Renata Bittencourt
O famoso artista camaronês, pela primeira vez no Brasil, apresenta sua trajetória marcada pelos autorretratos que o ajudaram a superar traumas pessoais e históricos de seu continente. Apoio: Consulado Geral da França em São Paulo.
DOMINGO, 4 de novembro
11h-17h: Feira de fotolivros / térreo e praça
Feira de publicações fotográficas com a participação de editoras, artistas e coletivos do Brasil e do exterior. Livre.
OFICINAS
10h – 13h – Oficina – Corpas Livres [Sala de aula]
com Fernanda Liberti
A oficina Corpas Livres trabalha a noção de autorretratos e nudez, inspirada nas vivências e práticas da própria artista, criando espaços seguros de libertação onde todos os corpos são respeitados e celebrados. Os participantes realizarão seus retratos em local controlado e terão a oportunidade de editar e discutir as imagens com a artista.
10 vagas (a partir de 18 anos)
10h – 13h – Oficina – Poses de Vênus [Estúdio IMS]
com Val Souza
A oficina aborda a representação da beleza e satisfatoriedade a partir da seleção de gestos presentes em imagens de mulheres de diferentes origens e épocas, além do estudo das poses realizadas em estúdio pelos fotógrafos do século 19. Com uma atualização crítica dos retratos ao estilo Carte de visite realizados por Alberto Henschel, a oficina propõe uma performance gestual com base nas poses encontradas nessas imagens, que será materializada em fotos instantâneas de cada participante.
15 vagas
10h – 13h – Oficina – Clube do Fotolivro [Biblioteca]
com Andressa Ce
A oficina propõe um espaço de troca onde os participantes poderão apresentar bonecos e protótipos de seus fotolivros. O objetivo é promover discussões coletivas, trazendo oportunidade de diálogo e debate a respeito da estrutura do material apresentado. As vagas para inscrições dos bonecos/ protótipos são limitadas, mas a participação na discussão é aberta a todos os interessados. Inscrições para apresentar trabalho: enviar e-mail para [email protected] com informações sobre o boneco ou protótipo do livro (pode ser pdf, vídeo ou release com fotos). Para participar debatendo o projeto dos outros, basta comparecer na data e horário da atividade.
DEBATES
15h – Estranhando a história do Brasil
Aline Motta + Tiago Sant’Ana
Mediação de Luciara Ribeiro
Ao rever a história da escravidão e da presença negra no país, os artistas amplificam o debate em torno dos 200 anos da independência do Brasil.
[Cineteatro – 145 lugares]17h – Fé na arte
Maxwell Alexandre + Ventura Profana
Mediação de Alexandre Araujo Bispo
Os artistas mostram como a vocação pela arte, comunitária ou religiosa, é capaz de transformar o cânone, a história e a sociedade.
[Cineteatro – 145 lugares]CONVIDADOS
Alexandre Araujo Bispo é antropólogo, crítico de arte, curador e educador independente. Pesquisador do Coletivo Artes, Saberes, Antropologia (ASA) e Membro do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros da UFSB. Autor dos livros Artes, saberes, antropologia (2021), Arte contemporânea 2000-2020 (2021) e Mulheres fotógrafas, mulheres fotografadas: Fotografia e gênero na América Latina (2021), entre outros, e curador de diversas exposições, como Margens de 22: Presenças Populares (SESC Bertioga, 2022) e 70 anos à Beira Mar (Sesc, 2018/19). [Foto: Maria Luiza Santana de Menezes]
Aline Motta (Niterói, 1974) é bacharel em comunicação social pela UFRJ e pós-graduada em Cinema pela The New School University (NY). Seus trabalhos combinam diferentes técnicas, como fotografia, vídeo e instalação. Vive e trabalha em São Paulo. [Foto: Marcus Leoni]
Ana Maria Maia (Recife, 1984) é pesquisadora, curadora e professora de arte contemporânea. Tem doutorado em artes pela Universidade de São Paulo (USP). Com a Bolsa Funarte de Estímulo à Crítica, publicou Arte-veículo: intervenções na mídia de massa brasileira (2015). Desde 2019, atua como curadora-chefe da Pinacoteca de São Paulo. [Foto: Levi Fanan]
Andressa Cerqueira é pesquisadora e editora de livros fotográficos. Bacharel em fotografia pelo Centro Universitário Senac. Trabalha no Estúdio Madalena, onde faz trabalhos de, produção e coordenação editorial. Realiza pesquisa e catalogação de livros fotográficos para a Base de dados de livros de fotografia. Também é criadora do projeto Histórias nem tão reais, através do qual publicou fotolivros, como: Um dia seremos famosos e nada disso vai importar (2018), Um dia seremos famosos (2018) e outros.
Castiel Vitorino Brasileiro (Vitória, ES, 1996) é artista, escritora e psicóloga formada pela Universidade Federal do Espírito Santo, mestranda no Programa de Psicologia Clínica da PUC-SP. Estuda e constrói espiritualidade e ancestralidade interespecífica. Premiada com a Bolsa de Fotografia ZUM/IMS 2021.
Célia Tupinambá (Terra Indígena Tupinambá de Olivença, Bahia, 1982) é artista e professora, realizou o documentário Voz Das Mulheres Indígenas (2015). Desde então, continua trabalhando na área audiovisual, realizando vídeos junto com o grupo jovem da comunidade. Realizou a exposição Kwá Yepé Turusú Yuriri Assojaba Tupinambá / Esta é a Grande Volta do Manto Tupinambá, em Brasília (2021). [Foto: Fernanda Liberti]
Davi de Jesus do Nascimento (MG, 1997) Sou curimatá às bordas do rio são francisco. Toda vez que eu morro me ressuscitam no quintal de rapadura ralada, donde todo mês de março cresço trinta centímetros abaixo da terra e outros vinte acima do suor da testa. Fui criado dentro do emboloso da cumbuca de carranqueiros, pescadores e lavadeiras. Trabalho coletando fulgores da ancestralidade barranqueira e percebendo “quase-rios’’, no árido.
Fernanda Liberti (Rio de Janeiro, RJ) é fotógrafa, videomaker e editora. Trabalha em Londres, São Paulo e Rio de Janeiro. Participou da exposição A grande volta do manto tupinambá (Kwá yapé turusú yuriri assojaba tupinambá), organizada em 2021 pela Funarte em Brasília e Porto Seguro (BA). Contribuiu com diversas publicações nacionais e internacionais, como a Vogue, i-D Magazine e M-Journal. [Foto: @vidafodona]
Fernanda Mendonça Pitta (Curitiba, PR). Curadora, pesquisadora, professora. Pesquisadora especialista em arte brasileira do século XIX, é docente em diversas instituições de ensino da cidade de São Paulo e atua como curadora da Pinacoteca do Estado de São Paulo em projetos que contemplam desde sua pesquisa de formação até tópicos contemporâneos. [Foto: Levi Fanan]
Gretta Sarfaty (Atenas, Grécia, 1947) é pintora, desenhista, fotógrafa e artista multimídia. Naturalizou-se brasileira em 1967. Em 1970, participou do Grupo de Vanguarda no Rio de Janeiro, com Cildo Meireles, Artur Barrio e Rubens Gerchman. Teve trabalhos exibidos no Museu de Arte de São Paulo (Masp), Instituto Moreira Salles (IMS), Museu de Arte Moderna da Cidade de Paris e Centro Georges Pompidou, em Paris. [Foto: Brenda Andrade]
Maxwell Alexandre (Rio de Janeiro, 1990) é pintor, performer e artista multimídia. Formou-se em design pela PUC RJ. Vive e trabalha na Rocinha. Participou de coletivas como Histórias Afro Atlânticas, no MASP. Em 2019 realizou sua primeira individual em cenário internacional com o trabalho Pardo é Papel. [Foto: Vitória Proença]
Moara Tupinambá (Mairi, Belém, PA, 1983) é curadora, ativista das causas indígenas e artista visual. Vice-presidente da Associação multiétnica Wyka Kwara e idealizadora do coletivo MAR/Pará. Recentemente lançou o seu livro O sonho da Buya-wasú (Miolo Mole, 2020). [Foto: César Moraes]
Luciara Ribeiro é mestre em História da Arte pela Universidade de Salamanca (Espanha) e pelo Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Universidade Federal de São Paulo. Foi assistente de curadoria da exposição Carolina Maria de Jesus – um Brasil para os brasileiros, no Instituto Moreira Salles (SP) e atualmente é docente no Departamento de Artes Visuais da Faculdade Santa Marcelina. [Foto: Jeferson Santos]
Renata Bittencourt é Mestra e Doutora em História da Arte pela Universidade Estadual de Campinas. Foi diretora executiva do Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG), diretora de processos museais do Instituto Brasileiro de Museus e Secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural no Ministério da Cultura (MinC). Atualmente, coordena o Educativo do Instituto Moreira Salles. [Foto: William Gomes]
Samuel Fosso (Camarões, 1962) é fotógrafo, retratista e performer. Filho de pais nigerianos, precisou mudar-se para a República Centro-Africana, fugindo da Guerra Civil. Seus trabalhos integram as coleções do Museu de Arte Moderna de Nova York, do Museu de Belas-Artes de Houston, da Galeria Purdy Hicks e do museu Tate, em Londres. [Foto: Jorge Herrera]
Tiago Sant’Ana (Santo Antônio de Jesus, BA, 1990) é artista visual, curador e doutorando em cultura e sociedade pela Universidade Federal da Bahia. Seus trabalhos imergem nas tensões e representações das identidades afro-brasileiras, refletindo sobre a permanência das estruturas coloniais, o racismo estrutural e as dinâmicas que envolvem a produção da história e da memória. [Autorretrato]
Val Souza é artista visual e vive entre São Paulo e Salvador. Sua prática artística atravessa os campos da filosofia, estudos culturais e um forte interesse pela história e iconografia das mulheres negras, incorporando a fotografia, vídeo e instalação através de uma exploração contínua de autoexposição e subjetividade. Em 2020 recebeu a Bolsa de Fotografia ZUM/IMS.
Ventura Profana (Salvador, BA, 1993) é cantora, escritora, compositora, performer e artista visual. Através de seu trabalho, profetiza a multiplicação abundante da vida negra e travesti. É também pastora missionária e cantora evangelista. Pesquisa as implicações e metodologias do deuteronomismo no Brasil e no exterior através da difusão das igrejas neopentecostais. [Foto: Vinicius Branco]
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