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Recomendações ZUM: Diane Arbus, Masahisa Fukase, Dorothea Lange, Anton Corbijn e mais

Publicado em: 31 de julho de 2025


Reprodução do fotolivro Yoko, de Masahisa Fukase.

A reedição de dois fotolivros clássicos do fotógrafo japonês Masahisa FukaseYoko e Homo Ludens – tem sido destacado pela imprensa ao redor do mundo. Resenhado pelo site PHMuseum, Yoko é um livro sobre Yoko Miyoshi, ex-esposa de Fukase. “Quando se casaram, ele a fotografou incansavelmente: em casa, na rua, com a família e, finalmente, após o divórcio, através das imagens de corvos que ele criou em sua tristeza. É um livro sobre os lugares na fotografia onde obsessão, coerção, performance e ego se combinam.”


Foto de Dina Litovsky da exposição Diane Arbus Constelação, no Park Armory, Nova York.

Em seu blog In the flash, a fotógrafa norte-americana Dina Litovsky escreveu sobre a sua decepção com a exposição Diane Arbus Constelação, em cartaz no Park Armory (NY). “Aconteceu uma coisa curiosa. Entrei na exposição como fã de Diane Arbus, mas saí tomada pela decepção e pela confusão. Já tinha visto alguns retratos antes, espalhados por várias exposições, e sempre gostei da sua força silenciosa. Desta vez foi diferente. Não senti nada olhando para a exposição lindamente organizada em camadas, fiquei sem entender nada.”


Anton Corbijn, Miles Davis, Montreal, 1985. ©Anton Corbijn. Publicada no site da Musée

O site da revista Musée entrevistou o fotógrafo holandês Anton Corbijn. Por décadas, Corbijn moldou as histórias visuais de ícones da música e do cinema. De Depeche Mode a Joy Division e Nirvana, ele capturou a essência de artistas lendários, não apenas visualmente, mas intimamente. “Sempre encarei meu trabalho com uma mentalidade específica. Costumo não ter grandes expectativas, o que faz com que tudo o que me acontece pareça uma surpresa agradável. Sou bastante prático e prefiro não ter uma equipe grande.”


Dorothea Lange em campo com sua câmera de fole, em foto feita no Texas, em 1935. Publicada no blog da Editora Âyiné.

O blog da editora Âyiné conta a história por trás da icônica foto A mãe migrante, de Dorothea Lange. “Em março de 1936, a fotógrafa norte-americana, então com pouco mais de quarenta anos, partiu em viagem com seu carro para registrar as condições daqueles que haviam sido forçados a migrar em direção à costa em busca de trabalho com salários miseráveis. Justamente quando a viagem estava chegando ao fim, conseguiu capturar a imagem que mudaria sua vida.”


Silvia Rosi, Autorretrato como meu pai, 2019. Publicada no site da Aperture.

O trabalho de reimaginação do álbum familiar da fotógrafa ítalo-togolesa Silvia Rosi é destaque no site da revista Aperture. “Rosi começou a fotografar na adolescência, documentando amigos e familiares na região de Reggio Emilia, no norte da Itália, para onde seus pais imigraram do Togo no final da década de 1980. A mudança de Rosi da Itália para a Inglaterra, para cursar fotografia no London College de 2013 a 2016, instigou um período de introspecção sobre o que significa sair de casa e criar raízes em outro lugar. A sensação de estar entre culturas está no cerne de sua prática.”

O site da ZUM publicou recentemente um texto sobre a série Protetorado, projeto mais recente de Silvia Rosi que combina autorretratos encenados em estúdio com signos gráficos impressos em tecido e materiais históricos do Arquivo Nacional togolês em Lomé.


Kikuji Kawada, da série Vortex, na exposição Endless Map – Invisible. Publicada no site da Dazed.

Em 1958, sete anos após o lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima pelos Estados Unidos, o então assistente de fotografia Kikuji Kawada, de 25 anos, foi convidado a acompanhar o renomado fotógrafo Ken Domon em uma missão para uma revista, a fim de documentar os vestígios da devastação no local do bombardeio. As imagens produzidas por Kawada, posteriormente publicadas como parte de sua série The Map (1965), se tornariam um marco importante na história da fotografia documental.

A revista Dazed mostra algumas dessas imagens e conversa com Kawada sobre sua carreira. Essas fotografias, agora em exibição com outros trabalhos do fotógrafo, estão na exposição Endless Map – Invisible, coproduzida pela Kyotographie e Sigma como parte do festival de fotografia Rencontres d’Arles deste ano.


Foto do livro Uma ilha chamada Armênia, de Cassiana Der Haroutiounian. Publicada no site da revista Quatro cinco um.

A revista Quatro cinco um publicou uma resenha do livro Uma ilha chamada Armênia, de Cassiana Der Haroutiounian, que combina fotografias suas com poemas de poetas armênias. A obra explora a conexão emocional da autora com a Armênia, sua terra ancestral, apesar de não ter nascido lá. Através de imagens e versos, o livro reflete sobre pertencimento, memória e a história complexa do povo armênio.

“Como lidar com a sensação de pertencimento? O livro apresenta uma narrativa fotográfica sem legendas, entremeada com poemas de sete poetas armênias, e leva, como num documentário, o espectador-leitor a criar sua própria versão para decifrar o enigma proposto pelo título. Afinal, a Armênia é uma ilha?” ///



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