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Recomendações ZUM: Christian Boltanski, Aline Motta, Wolfgang Tillmans, Lita Cerqueira, Mike Disfarmer e mais

teste para destaque Publicado em: 16 de julho de 2021

 

O caderno de cultura Babelia, do jornal espanhol El País, publica uma resenha da exposição The New Women Behind the Camera (As Novas Mulheres Atrás da Câmera), em cartaz no Metropolitan de Nova York. A mostra é fruto de um ambicioso projeto que pretende lançar as bases para uma reavaliação da história da fotografia entre 1930 e 1950 a partir do olhar do que se convencionou chamar de “a nova mulher”, um ideal feminino que surgiu no final do século 19 e se espalhou pelo mundo até a primeira metade do século 20. São mais de 120 mulheres fotógrafas na exposição, de nomes famosos como Berenice Abbott, Lola Álvarez Bravo, Imogen Cunningham, Lee Miller, Dorothea Lange, Tina Modotti e Dora Maar até nomes menos conhecidos, como Homai Vyarawalla, Niu Weiyu, Maryam Şahinyan e Florestine Perrault Collins.

 

No estúdio, Disfarmer algumas vezes disparava o flash ou tocava um chocalho para tirar os retratados de suas poses treinadas. Foto publicada no site da revista The New Yorker.

Matéria publicada no site da revista The New Yorker revela a atual batalha dos herdeiros do fotógrafo Mike Disfarmer pelo controle do seu acervo. Na primeira metade do século 20, Disfarmer, que morreu em 1959 solteiro e sem filhos, era dono de um estúdio na pequena cidade de Heber Springs, na zona rural do estado de Arkansas. Os retratos que fez da população local foram descobertos no final dos anos 1960, e hoje são cobiçados por colecionadores do mundo todo. Agora, ações na justiça americana por parte de sobrinhos e sobrinhos-netos do fotógrafo discutem os direitos sobre a guarda e comercialização do seu acervo, uma disputa judicial que pode ser referência para esse tipo de litígio.

 

Christian Boltanski na sua exposição no Centro Pompidou, Paris, em 9 de novembro de 2019. Foto de Julien Mignot publicada no site do jornal Le Monde.

Faleceu na última quarta-feira (14/7), aos 76 anos, o artista francês Christian Boltanski. Fotógrafo, escultor e cineasta, Boltanski era um dos grandes nomes da arte contemporânea. Nascido em Paris logo após a liberação da ocupação nazista, a memória e os traumas da guerra eram temas recorrentes nas suas obras. O obituário publicado pelo jornal Le Monde destaca que “constante e obsessivamente oscilando entre o tragicômico e o fúnebre mais sombrio, a obra de Boltanski é de uma vaidade imensa – em outras palavras, um jogo de xadrez com a morte, cujo desfecho era certo, mas que ele jogou sem nunca pensar em desistir”.

 

Admirável rave, de Wolfgang Tillmans. Cortesia de Maureen Paley, London/Hove. Publicada no site do jornal The Guardian.

O fotógrafo alemão Wolfgang Tillmans, em entrevista ao jornal The Guardian, fala sobre o espaço sideral, Brexit e a covid-19. Tillmans conversou com o jornal durante sua estadia na cidade litorânea de Hove, na Inglaterra, onde está montando sua nova exposição Moon in Earthlight. O artista comenta que a astronomia foi sua primeira paixão na vida: “passei muitos dias e noites observando o céu, o sol e suas manchas solares. Isso me ensinou a importância da observação e que tudo o que você está olhando está sempre no limite tênue da visibilidade. Tipo, isso é um borrão ou uma estrela? ”

 

Menina linda, de Lita Cerqueira, Alcântara, MA, 1984

Entrevistada na revista ZUM #20, a fotógrafa baiana Lita Cerqueira lançou na semana passada a exposição online Mulheres do meu tempo, um recorte da sua produção de mais de mais de 40 anos de carreira. Dedicada às mulheres fotografadas por Lita, a mostra apresenta uma seleção de fotografias digitalizadas do seu acervo analógico inédito.

 

Sem título , de Liliana Maresca, 1983. Na exposição Repensar tudo: o poder da arte em tempos de isolamento do Encontros de Arles 2021.

Em entrevista ao site de notícias Infobae, a curadora argentina Andrea Giunta comenta a exposição Rethink Everything (Repensar Tudo), em cartaz no festival Encontros de Arles 2021 [leia no site da ZUM entrevista com Christoph Wiesner, novo diretor de Arles]. A mostra destaca artistas latino-americanos e está dividida em dois grandes blocos temáticos: Políticas do corpo e Formas que administram o corpo.

 

Frame do vídeo Pontes sobre abismos, de Aline Motta, 2017. Cortesia da artista.

Em sua coluna para o site da revista Vogue, a cineasta e roteirista Sabrina Fidalgo entrevista a artista carioca Aline Motta. A conversa gira em torno da produção artística de Aline, que se dedica a mapear narrativas ancestrais que permeiam as relações entre o continente africano e o Brasil, tanto no passado quanto no presente.

 

Frame da live Afro Memória: acervos do ativismo negro contemporâneo

Está disponível no canal YouTube do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) a live Afro Memória: acervos do ativismo negro contemporâneo, com Iêda Leal, coordenadora nacional do Movimento Negro Unificado (MNU); Milton Barbosa, fundador do MNU; e Paulo César Ramos, coordenador do Afro-Cebrap. A conversa faz parte de uma nova ação da entidade. Batizada de Afro Memória, a iniciativa visa unir esforços em torno da pesquisa de arquivos fotográficos e documentais ligados à história do movimento negro no Brasil. ///

 

 

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