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Diálogos com a solidão na fotografia de Dave Heath

Publicado em: 30 de novembro de 2018

Dave Heath (1931-2016) ocupa um lugar único na fotografia norte-americana. Influenciado por grandes nomes como W. Eugene Smith (1918-1978) e Harry Callahan (1912-1999), seu trabalho se destaca por revelar o seu alter ego solitário nos rostos de estranhos capturados principalmente nas ruas de Nova York e Chicago.

Abandonado por seus pais aos quatro anos de idade, Heath viveu uma infância difícil em orfanatos e lares adotivos temporários. Aos 15 anos, ao ver na revista Life um ensaio fotográfico de Ralph Crane sobre um jovem órfão, imediatamente se reconheceu nesta história e descobriu a fotografia como seu meio de expressão.

Mais tarde, o fotógrafo declarou que “minhas fotos não são sobre a cidade, mas a partir da cidade. Sempre vi as pessoas nas ruas como atores, não representando uma peça ou história em particular, mas de alguma maneira sendo a própria história.” Heath se dedica a registrar em seus retratos a “vulnerabilidade de uma consciência voltada para dentro de si”.

Em cartaz no Le Bal, em Paris, até o dia 23 de dezembro, a exposição Diálogos com a solidão apresenta cerca de 150 fotografias, além de protótipos originais de livros do fotógrafo. Na mostra, as imagens de Heath dialogam com filmes cult norte-americanos dos anos 1960 que lidam com o tema da solidão, como Retrato de Jason (1966), de Shirley Clarke, Vendedor (1968), de Albert e David Maysles e Charlotte Mitchell Zwerin, e O olho selvagem (1960), de Ben Maddow, Sidney Meyers e Joseph Strick.///

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