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O dono da imagem

Dorrit Harazim Publicado em: 27 de junho de 2014
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2014, Pete Souza

A queda de braço começou no primeiríssimo dia de Barack Obama como 44º presidente dos Estados Unidos. E, até agora, passados mais de seis anos, os fotógrafos dos principais veículos de comunicação americanos continuam com acesso estreito ao homem. Já se lamuriaram, denunciaram o isolamento, invocaram o direito profissional de fazer o registro histórico da presidência. Tudo em vão. Obama pretende controlar até o último dia de mandato a narrativa visual de seus oito anos no poder.

Até agora tem conseguido. Primeiro chefe de Estado da era digital a ter compreensão plena da bolha Instagram na qual é imperativo existir, ele opera em duas frentes.

De um lado, alimenta as redes sociais com material de divulgação farto, variado e instigante, produzido por seu fotógrafo oficial, Pete Souza. O próprio presidente tem faro para tacadas de impacto, como foi o caso da selfie tirada com a bela primeira-ministra dinamarquesa Helle-Thorning Schmidt e o premiê britânico David Cameron em outubro passado, durante o memorial de Nelson Mandela. A “power selfie” correu o mundo, assim como a foto da cena, captada pelos quase dois mil fotógrafos presentes no estádio de Joanesburgo. As duas imagens certamente farão parte do acervo da futura Biblioteca Barack Obama como exemplos de um presidente afinado com seu tempo.

Do outro lado, Obama mantém distância calculada dos profissionais credenciados para cobrir a agenda de quem governa o país. Consciente do poder da imagem para moldar a história, ele dosa a conta-gotas sua exposição às lentes da imprensa não oficial.

O tom foi dado já na manhã seguinte ao dia de sua posse. Obama entrou no icônico Salão Oval da Casa Branca às 8h30 do dia 21 de janeiro de 2009 para reconhecer o terreno de onde comandaria a nação. Encontrou uma pasta com a inscrição “#44” sobre a mesa de madeira talhada que já serviu a tantos presidentes (mimo da rainha Vitória à ex-colônia). Dentro havia um envelope com a dedicatória “Para #44, de #43”. Ele continha um bilhete manuscrito de George W. Bush dando-lhe as boas-vindas.

Como a mídia credenciada não fora autorizada a documentar a estreia do novo presidente em seu local de trabalho, apenas Pete Souza pôde testemunhar cena tão carregada de significado. Poucas horas antes, às 2h da madrugada, o mesmo Pete já captara Obama afrouxando a gravata da casaca no elevador privado da ala residencial, terminada a maratona de dez bailes de celebração pela vitória. Esse tipo de acesso exclusivo a bastidores faz parte das prerrogativas e atribuições de todo fotógrafo da presidência. O motivo da insatisfação dos profissionais da mídia está na frequência com que são excluídos de eventos da agenda oficial.

Em carta aberta divulgada no final do ano passado, o diretor de fotografia da agência Associated Press (AP) acusou o governo de querer criar a realidade. Um manifesto assinado por 38 dos maiores veículos de comunicação e entidades de imprensa do país denunciou a interferência injustificada na legítima atividade de apuração jornalística. “Vocês estão, na verdade, substituindo o fotojornalismo independente por press releases visuais”, concluía o ácido texto. Nem assim Obama amoleceu. Seu intrigante encontro do mês passado com Hillary Clinton, provável candidata à sua sucessão, só foi comunicado aos fotógrafos post-facto. “Foi apenas um almoço”, argumentou a Casa Branca diante da insurreição que formou. O material de divulgação, documentado apenas por Pete de Souza, foi recusado por vários jornais a título de represália.

David Hume Kennerly, fotógrafo da Casa Branca durante a presidência de Gerald Ford e ganhador de um Pulitzer por sua cobertura da guerra do Vietnã, abordou a questão em conversa recente com James Estrin, coeditor do blog Lens do New York Times. A onipresença das mídias sociais e da internet teria levado a equipe de comunicação de Obama a considerar que intermediários não eram mais necessários? O registro visual da presidência e, portanto, o controle sobre a história poderiam ser feitos diretamente?

Kennerly acredita que Obama, de fato, prefere ser o dono de sua imagem e lembra que o uso maciço das mídias sociais sempre fez parte de sua estratégia – ele foi o primeiro candidato à Casa Branca a inundar o Flickr com fotos de campanha. Mas a divulgação, ou propaganda, representa apenas uma parte do trabalho de um fotógrafo da presidência. “Ele é um historiador com uma câmera na mão”, sustenta Kennerly, “ tão vital para a história quanto o registro de uma mesma cena por outras lentes”. Sem a variedade de pontos de vista trazidos por profissionais independentes sobraria apenas a história oficial.

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Barack Obama entra no Salão Oval para seu primeiro dia como presidente, 2009, Pete Souza

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Presidente Obama afrouxa sua gravata enquanto sobe no elevador da Casa Branca para a residência privada, 2009, Pete Souza

A fotografia aportou nos Estados Unidos, vinda da Europa, no século 19, e desde então tem servido de ferramenta (ou de armadilha) para todo candidato a uma vaga na história. A primeira vez que Abraham Lincoln posou para o celebrado Mathew Brady, um dos mestres americanos do novo ofício, o fotógrafo tomou o cuidado de levantar-lhe a gola do colarinho para melhor esconder o  pescoço desproporcional do personagem. Também lhe retocou os sulcos da face e fotografou-o em “plano americano” (de meio corpo) para camuflar-lhe a silhueta desengonçada. Conferiu-lhe, assim, postura e estampa adequadas a um presidenciável. Resultado: o retrato caiu no gosto do povo, tornou-se a primeira fotografia usada numa campanha eleitoral e contribuiu para a vitória de Lincoln em 1860.

A partir daí, todos que o sucederam trataram de zelar pela forma como seriam retratados na imprensa. Uns mais do que outros. O caso de Franklin D. Roosevelt talvez seja o mais singular. Vítima da poliomielite aos 39 anos, ele pôde contar com a conivência dos próprios fotógrafos da época para camuflar o fato de que só conseguia se locomover em cadeira de rodas. Reelegeu-se três vezes sem que boa parte dos americanos conhecessem sua condição. Raríssimas são as imagens que mostram a invalidez de FDR durante seus 12 anos na presidência. Somente em 2013 veio a público um fiapo de clipe datado de 1944, no qual se percebe que Roosevelt “desliza” estranhamente no convés do navio de guerra que visitava. A cadeira de rodas, como sempre, estava oculta sob a ampla figura presidencial.

Mas o cargo oficial de fotógrafo da Casa Branca só passou a existir formalmente quando John F. Kennedy assumiu o poder em 1961. O carismático político percebeu de imediato a conveniência de ter um profissional da imagem a seu serviço exclusivo. Sua escolha recaiu sobre Cecil Stoughton, que servira na Segunda Guerra como fotógrafo de combate após fazer um curso-relâmpago com Alfred Eisenstadt e Margaret Bourke-White. Kennedy havia se encantado com a cobertura que Stoughton fizera de sua cerimônia de posse e decidiu instalá-lo na ala oeste da Casa Branca, ao alcance de um toque de campainha.

Ao longo de 35 meses Stoughton registrou tudo o que constava da agenda oficial de JFK – de encontros com sumidades estrangeiras a recepções para grupos de ginasianos. Com a mesma diligência, documentou a inesquecível festa de aniversário do chefe no Madison Square Garden, com Marilyn Monroe esculpida num cintilante vestido de gaze cor da pele.

Stoughton também teve acesso a momentos privados dos Kennedy, tanto na Casa Branca como durante as férias em família. E esse acesso privilegiado resultou nas glamorosas imagens da família presidencial idealizada pelos americanos. Da série, a foto preferida do autor é a de Caroline e John Jr no Salão Oval, dançando ao som de uma animada cantoria sincopada do pai. Em seu livro de memórias, o fotógrafo a considera um dos únicos flagrantes de descontração genuína de JFK.

Foi o registro de um marco dramático da história dos Estados Unidos, contudo, que valeu a Cecil Stoughton merecido reconhecimento profissional como repórter, além de fotógrafo. Integrante da caravana presidencial em visita a Dallas no fatídico 22 de novembro de 1963 em que Kennedy foi baleado, Stoughton foi aguardar notícias do chefe num corredor próximo à sala de cirurgia para onde JFK tinha sido levado. Em determinado momento, viu de relance o vice presidente Lyndon Johnson (LBJ) ser escoltado às pressas para fora do hospital junto com a esposa, Lady Bird. Farejando algo, Stoughton perguntou a um agente do Serviço Secreto de vigília no centro cirúrgico para onde os Johnson estavam sendo levados. “O Presidente está seguindo para Washington”, ouviu do agente, que assim revelava o segredo de Estado supremo: Kennedy morrera.

Rei morto, rei posto. Num lampejo de iniciativa, sem receber ordens de ninguém, Stoughton se despencou para a base aérea onde o avião presidencial Air Force One pousara de manhã, torcendo para que ainda estivesse na pista. Esbaforido, conseguiu subir a bordo e deparou-se com 27 pessoas espremidas na saleta de reunião da aeronave. Entre elas, Jacqueline Kennedy, com o tailleur ainda manchado de sangue do marido. Único fotógrafo a bordo, Stoughton colocou um rolo de filme branco-e-preto na Hasselblad e bateu 20 chapas do insólito juramento de LBJ como 36º presidente dos Estados Unidos. Uma juíza local, amiga do recém empossado, tinha sido arregimentada para dar à cerimônia o necessário respaldo constitucional.

Não fosse o instinto profissional de Stoughton a história americana teria ficado sem esse extraordinário registro visual.

Filhos de Kennedy visitam o Salão Oval, 1963, Cecil W. Stoughton

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Juramento de Lyndon B. Johnson, 1963, Cecil W. Stoughton

 

John F. Kennedy e a fotografia haviam sido feitos um para o outro. Bem nascido e sedutor, JFK tinha plena consciência do impacto de sua imagem; e os fotógrafos se desdobravam para retratar espécime tão gratificante. Também sob esse ângulo, a instalação do texano Lyndon Johnson na Casa Branca foi um choque. LBJ era conhecido por ter modos grosseiros e vocabulário cru. Além do mais, era dono de um visual que contrastava cruelmente com a fotogenia quase insolente do antecessor.

Consciente disso, LBJ tentou inicialmente emular o estilo kennedyano de criar empatia com os americanos, liberando imagens privadas da família e de lazer. Acabou desistindo. Suas duas filhas Lynda e Luci passavam pela ingrata fase da adolescência e não poderiam gerar o feitiço nacional gerado por Caroline e John John Kennedy. Por outro lado, expor sua Lady Bird a uma inevitável comparação com Jacqueline, mesmo viúva, era cruel.

Para sorte do legado fotográfico dos Estados Unidos, Johnson decidiu recrutar o nova-iorquino Yoichi Okamoto para documentar a sua presidência. Conhecera-o no exterior como fotógrafo da United States Information Agency (USIA) e deu-lhe uma liberdade sem paralelo no exercício da função: “Oke”, como passou a ser chamado por Johnson, poderia fotografar tudo o que quisesse, literalmente, de qualquer ângulo. Sequer precisaria se anunciar.

De temperamento reservado, comedido na fala e pouco espaçoso nos modos, Oke seguiu a receita que considerava infalível: “É preciso estar de prontidão o tempo todo, 16 horas por dia. Você simplesmente não pode não estar a postos. Só assim se consegue fazer fotos boas”. Sua habilidade de não se fazer notar era desnorteante. Certa vez Johnson ordenou a seu Secretário de Imprensa, George Reedy, que convocasse Oke ao Salão Oval para registrar o encontro que estava tendo com uma delegação estrangeira. Okamoto já havia estado lá e feito o trabalho.

Para captar a realidade abaixo da superfície e revelar a complexidade de todo homem público, ensinava Oke, era indispensável ser aceito como parte do ambiente. Sua obra tem o mérito de ser isenta da preocupação de proteger Johnson de si mesmo. Retratou o presidente com olho e foco na história. Para isso, chegou a postar-se debaixo de uma mesa para documentar a primeira reunião do presidente dos Estados Unidos com Alexei Kosygin, então líder da União Soviética. Oke também se infiltrou no centro cirúrgico quando o chefe da nação operou a vesícula. E conseguiu retratar a animosidade entre LBJ e Robert Kennedy, que ambos tentavam camuflar. Suas imagens da tensão e fadiga de Johnson acossado pela guerra e pelos solavancos da defesa dos direitos civis são sem retoques. E mesmo em momentos que nada tinham de memoráveis o olhar único de Oke deles extraiu fotos inesquecíveis.

Exemplar na função por ter registrado a história sem filtro, Yoichi Okamoto, que se suicidou em casa aos 69 anos, encontrou em Lyndon Johnson um presidente à altura de seu intento: sem a liberdade que recebeu de LBJ, o tesouro fotográfico do período não existiria. Assim como inexiste um acervo fotográfico de interesse da era Richard Nixon, tamanha foi a limitação de acesso imposta à atuação do titular do cargo à época, o infeliz Ollie Atkins. Ao longo dos quatro anos e meio de convivência diária com Nixon, Atkins só o viu sem paletó uma única vez. A imensa maioria dos registros fotográficos autorizados por Nixon eram de apertos de mão e sorrisos com personalidades. Não fossem as imagens de devastação emocional da família, ao ser informada por Nixon de que ele renunciaria no dia seguinte, Ollie teve poucas oportunidades de revelar o homem por trás do esquivo presidente.

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Presidente Lyndon B. Johnson dirigindo um carro anfíbio, 1965, Yoichi Okamoto

 

A bronca atual dos fotógrafos e cinegrafistas não é com a quantidade fluvial de imagens exclusivas divulgadas pela Casa Branca, mas com o acesso estreito da mídia ao chefe da nação. Em mais de seis anos no poder, Obama só se deixou fotografar no Salão Oval, sozinho, duas vezes – e em ambas falando ao telefone. Reuniões de trabalho com o gabinete ou com assessores mais diretos, costumeiramente abertas para registro fotográfico em governos anteriores, hoje são fechadas. “Hoje”, acusa a agência AP, “as coisas se passam assim: uma atividade oficial do presidente é classificada como ‘privada’ e portanto de acesso proibido para nós. Só que pouco depois uma foto oficial do evento é divulgada pela Casa Branca para milhões de seguidores via Twitter, Flickr ou Instagram. Privada? Nem tanto”.

De forma indireta, uma parte das críticas acaba respingando sobre o incansável Pete Souza, embora o leão de chácara do acesso ao presidente não seja ele. Pete, como seus sete antecessores formais no cargo, foi contratado para executar duas tarefas: servir de elo entre o público e o presidente através da divulgação gratuita de farto e bom material institucional e ser o historiador visual da presidência, registrando o que vê, mas que nem sempre pode ser divulgado. “Essa parte tem menos a ver com fotojornalismo. Eu a definiria como ‘foto-história’”, diz o veterano profissional que já servira a Ronald Reagan na Casa Branca por cinco anos e meio.

Foi a cobertura exaustiva de Barack Obama ainda senador feita por Pete para o jornal Chicago Tribune que o levou de volta à Casa Branca. Naqueles primórdios, quando poucos repórteres fotográficos prestavam atenção no jovem parlamentar negro, ele chegou a viajar a sete países, sempre na cola de Obama. Criada a relação de confiança entre os dois, ninguém se surpreendeu quando Pete se licenciou do cargo de professor-assistente de fotojornalismo da Universidade de Ohio e migrou para a Casa Branca.

“Acesso irrestrito e confiança – você precisa de ambos para produzir um material de interesse histórico sobre um presidente”, ensina ele. Pete tem ambos, e de sobra – só não suplanta Yoichi Okamoto, o fotógrafo da confiança de Lyndon Johnson, por não poder entrar no Salão Oval literalmente quando quiser nem ali permanecer o tempo que achar necessário.

Embora seu gabinete de trabalho, que outrora foi o salão de barbeiro da Casa Branca, fique a menos de 100 passos do Salão Oval, o fotógrafo-chefe passa dia inteiro colado ou correndo atrás de Obama. Só nos 16 primeiros meses do governo Obama, Pete e sua equipe de três produziram perto de um milhão de imagens – a média atual tem sido de 20 mil por semana, incluindo-se aí a dúzia anual de retratos oficiais do presidente que vão atestando a invasão de fios brancos e outras marcas do tempo nas feições do comandante-em-chefe.

Sem dúvida, a inovação mais popular introduzida por Pete Souza na Casa Branca foi a transformação dos corredores da West Wing em galeria de exposição fotográfica. Ali, ao menos uma vez por mês, imagens novas impecavelmente emolduradas vão sendo trocadas pelas anteriores. A novidade deu aos funcionários da equipe presidencial, que mal veem o chefe e sabem pouco de seu dia-a-dia, a sensação de estar compartilhando dos mesmos momentos. Além, é claro, do prazer-surpresa de também se verem ocasionalmente retratados por Pete.

Da série exposta, uma das fotos que Obama mais elogiou (e portanto fugiu à regra da rotatividade, permanecendo exposta por quase um ano) mostra um garoto de quatro anos, filho de uma funcionária, conferindo a cabeça do chefe de Estado para ver se ambos tinham o mesmo tipo de cabelo. “Essa foto serve de lembrete para eu não me levar a sério demais”, diz Obama. Ele explica: “Se uma criança se sente à vontade para querer fuçar na sua cabeça é porque você, mesmo sendo presidente, ainda tem aspecto humano”.

Um documentário de 2010 do canal a cabo National Geographic Television ajuda a entender o ofício de retratar as muitas facetas do poder presidencial americano.. Baseado no livro homônimo de John Bredar, The President’s Photographer: 50 Years inside the Oval Office, tem narração de Morgan Freeman e mostra o dia-a-dia de Pete Souza durante um dos períodos mais tensos do governo Obama: o da aprovação pelo Congresso, ou o fracasso, da criação de um sistema de saúde universal nos Estados Unidos.

São momentos de alta tensão, e seu registro visual, quando feito com um sentido de história e não como propaganda de governo, é precioso. Quem não lembra do flagrante de Obama em 2011, enfurnado no Situation Room da Casa Branca com Hillary Clinton e assessores do mais alto escalão, acompanhando ao vivo o ataque ao esconderijo de Osama bin Laden? O presidente sequer aparece em primeiro plano. O foco está na tensão.

Por motivos óbvios situações de alto sigilo como a da operação Bin Laden só podem, mesmo, ser testemunhadas por alguém do governo. Nem os queixosos de hoje esperariam outra coisa. O que as agências noticiosas e os fotógrafos da mídia exigem é poder mostrar a era Obama com olhar próprio – a narrativa visual do período sempre será melhor quando o dono do poder não for também o dono exclusivo de sua imagem.///

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Garoto sentindo o cabelo do presidente Barack Obama, 2009, Pete Souza

 

Presidente Obama acompanha invasão do esconderijo de Osama bin Laden, Pete Souza, 2011

Dorrit Harazim é jornalista e documentarista brasileira. Nascida na Croácia durante a II Guerra Mundial, talvez venha daí seu interesse pelo papel da fotografia na história e pela história da fotografia como meio de comunicação.

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IMAGENS © Casa Branca

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