ZUM Quarentena

Recomendações #ZUMquarentena: Ai Weiwei, Stephen Shore, Museu da Internet, Jörg Colberg e mais

Publicado em: 7 de abril de 2020

 

 

A partir do dia 09 de abril o MoMA começa suas virtual views, uma programação semanal com exposições online com participação de curadores do museu. A programação do mês inclui a Home Movies, uma exibição de filmes que discutem o tema da casa e a questão dos filmes caseiros, além imagens e áudios da exposição dedicada à fotógrafa Dorothea Lange, com destaque para a fala da artista Sam Conti, falando sobre o trabalho que fez com as imagens de Lange em seu livro Day Sleeper.

A artista Kate Lain compilou um índice gigantesco de filmes e vídeos experimentais disponíveis online. O material está organizado por temas como “para quando você precisa rir”, “para quando você quer dançar e cantar” e “para quando você só quer gritar e quebrar algo”. Obras de General Idea, Martha Rosler, Amy Lockhart e Matt McCormick estão entre os milhares de trabalhos disponíveis.

Entre 2012 e 2019 os franceses Emilie Gervais e Félix Margal colecionaram imagens que, de acordo com ele, fazem a internet ser incrível. Agora este acervo foi organizado em categorias e uma seleção está disponível no nem um pouco modesto Museu da Internet. O acervo da dupla tem cerca de 10 mil imagens e, para além da diversão garantida, expõe as vantagens, fragilidades e desafios de se preservar um tipo específico de memória digital.

Em tempos de quarentena, o crítico de fotografia e especialista em fotolivros Jörg Colberg está usando o Instagram (@joergmc) para realizar lives em que comenta em detalhe alguns dos livros favoritos de sua extensa biblioteca, como a obra Light and Shadow, da japonesa Rinko Kawauchi ou Your Blues, de Michael Schmelling, entre outros. Depois, os vídeos vão para o seu canal no YouTube.

 

Para ler

Alguns textos sobre a relação entre fotografia, artes visuais e a pandemia do coronavírus que foram relevantes essa semana.

Artigo rebate a ideia romântica de que artistas confinados em casa por conta da pandemia irão criar grandes obras de arte. E alerta para as graves consequências econômicas e a precariedade da estrutura disponível para socorrer o meio artístico em momentos de crise. (jornal Folha de SP)

Alguns dos mais importantes fotógrafos do mundo, como Stephen Shore, Catherine Opie, Todd Hido e outros, foram para o Instagram contar (e mostrar) como estão lidando com a “corona claustrofobia” e mostrar como suas vidas rotinas e trabalhos mudaram. (jornal The New York Times)

Em entrevista, o artista chinês Ai Weiwei, célebre dissidente do regime comunista, critica a gestão chinesa sobre a pandemia: “Se este desastre pôde se expandir, se deve em grande parte pela China ter escondido a verdade”. (jornal El País Brasil)

“Como as pessoas estão impedidas de sair para o mundo ‘real’, o fluxo digital deste período irá gerar o maior ganho de mercado da história da internet. Suspeito que os servidores ficarão atolados com a quantidade de dados das personas/identidades virtuais trocadas por meio de informações digitadas, fotografias e vídeos e que serão coletados e compartilhados entre as empresas”, argumenta o crítico Brad Feuerhelm ao escrever sobre o livro Self Portrait with Mirrors (Autorretrato com espelhos), do fotógrafo Bill Sullivan, uma experiência de troca de imagens online publicada no ano passado e incrivelmente atual para os dias de hoje. (site American Suburb X) ///

 

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Leia também no #IMSquarentena uma seleção de ensaios do acervo das revistas ZUM e serrote, colaborações inéditas e uma seleção de textos que ajudem a refletir sobre o mundo em tempos de pandemia.

 

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