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Recomendações ZUM: antropologia visual, afrofuturismo, Beyoncé, Cafi, Arlindo Machado e mais

Publicado em: 14 de agosto de 2020

Frame do álbum visual Black is King, de Beyoncé, 2020.

Beyoncé, seu novo álbum visual Black is King e o afrofuturismo são os temas comentados no podcast Expresso Ilustrada, do jornal Folha de S. Paulo, com a participação de Morena Mariah, pesquisadora e criadora da plataforma de educação e podcast Afrofuturo; de Fábio Kabral, autor de A Cientista Guerreira do Facão Furioso (ed. Malê); de Daniela Gomes, doutora em estudos africanos e da diáspora africana; e de Jairo Malta, diagramador e autor do blog Sons da Perifa.

 

A historiadora bahiana Ana Beatriz Almeida faz uma análise decolonial de Black is King para o site da SP Arte.

 

O comunicador Spartakus Santiago faz uma decupagem visual de Black is King em seu canal do YouTube, pescando referências visuais usadas por Beyoncé, como o filme Touki Bouki – A viagem da Hiena (1973),  dirigido pelo senegalês Djibril Diop Mambéty, e as pinturas do norte-americano Derrick Adams e do ganês Conrad Egyr.

Frame do álbum visual Black is King, de Beyoncé, 2020.

A gal-dem, publicação online “comprometida a contar as histórias das mulheres e pessoas não binárias racializadas”, compara o álbum de Beyoncé com filmes do cinema norte-americano como Um príncipe em Nova York e Os excêntricos Tenenbaums, além de símbolos ancestrais de origem africana.

Seis críticos das artes visuais do jornal The New York Times discutem questões e referências visuais utilizadas por Beyoncé em Black is King.

 

Foto de Cafi publicada no site CafiDigital.

O acervo do fotógrafo pernambucano Cafi, falecido no início do ano, está sendo digitalizado, organizado e publicado em um site criado por seus filhos. Nos anos 1970 e 1990, Cafi retratou alguns dos mais importantes artistas da MPB, produzindo imagens para capas icônicas de discos como Clube da Esquina (1 e 2); Geraes, Minas, Milagre dos Peixes (Milton Nascimento); Vai Passar e Cio da Terra (Chico Buarque) e também para Nana Caymmi, Toninho Horta, Fagner, Sarah Vaughan, Jards Macalé, Blitz e Alceu Valença, entre outros.

 

O curador, pesquisador e professor Arlindo Machado, falecido no mês passado, é homenageado pelas pesquisadoras e críticas de arte Paula Alzugaray e Giselle Beiguelman em texto para a revista Select.

 

Com curadoria de Roberto Moreira Cruz, a primeira exposição virtual do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo resgata boa parte do acervo de vídeos da instituição do final dos anos 1970, com trabalhos de artistas como Regina Silveira, Julio Plaza, Carmela Gross, Gabriel Borba, Donato Ferrari, entre outros.

 

Em 20 de março, o ICP– International Center of Photography – anunciou uma chamada aberta para que produtores de imagens de todo o mundo postassem e marcassem com a hashtag #ICPConcerned imagens de suas experiências à medida que a pandemia da COVID-19 se desenrolava. Com mais de mil imagens escolhidas e 50 países representados, todo o processo de impressão e instalação da exposição está sendo divulgado online. É possível também ouvir relatos dos artistas que enviaram obras.

 

Localizada a cerca de 800 metros de onde ocorreu a explosão no porto de Beirute, a Arab Image Foundantion, importante centro de preservação da memória fotográfica árabe, está pedindo ajuda para recuperar suas instalações e acervo. Saiba como ajudar e conheça o trabalho da AIF no site da instituição.

 

Homens coreanos, foto de Waldemar Bogoras (1865-1936), Sibéria, 1900. Biblioteca da AMNH | Digital Special Collections, publicada pelo site Strange Fire

Entre os anos de 1897 e 1902 a expedição Jesup do Pacífico Norte cruzou diversas vezes o estreito de Bering, que separa, mas que pode ter ligado, durante o período glacial, América e Ásia. Liderada pelo antropólogo norte-americano Franz Boas e financiada pelo Museu Americano de História Natural, a expedição tinha como objetivo provar a teoria da migração via o estreito de Bering e também registrar traços de “culturas em desaparecimento”, resultando em um arquivo de cerca de 3 mil fotografias de grupos indígenas tanto do lado asiático como do lado americano.

A partir da análise de um grupo de imagens da expedição Jesup, ensaio publicado pelo site do coletivo Strange Fire, um grupo de artistas, curadores e pesquisadores das artes visuais, discute aspectos éticos do ato de fotografar a “cultura dos outros” e também do uso contemporâneo de tais arquivos fotográficos. “O projeto de decolonizar arquivos tem sido tipicamente o de articular sua culpa: como a estrutura e o conteúdo dos arquivos refletem narrativas dominantes (ou seja, eurocêntricas, patriarcais, heteronormativas), regulando quem tem acesso à produção de conhecimento”. ///

 

 

 

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