Revista ZUM 16

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Publicado em: 24 de abril de 2019

 

O fotógrafo português Jorge Molder, em entrevista feita pela curadora Marta Mestre, conversa sobre sua produção, especialmente Jeu de 54 cartes, série inspirada na estrutura do baralho francês, em que o artista submete o autorretrato à estética do acaso.

 

 

Na série Museu da revolução (2017), que recebeu o prêmio HCB da Fundação Henri Cartier-Bresson, o fotógrafo sul-africano Guy Tillim registra ruas e monumentos de diversas cidades da África. Ao voltar sua câmera para o espaço público, Tillim reflete sobre as ambiguidades do processo de descolonização do continente.

 

 

Abordada no ensaio Negativos eliminados, a relação entre poder e imagem é analisada pela curadora Inês Costa, que conta como o governo dos Estados Unidos editou um conjunto de fotos encomendada a nomes como Dorothea Lange e Walker Evans, perfurando alguns desses negativos em um movimento de cerceamento do fotojornalismo.

 

 

Dois textos do fotógrafo Hiroshi Sugimoto, traduzidos diretamente do japonês para o português,  discorrem sobre as invenções criadas pelo homem para registrar as imagens do mundo e, em suas palavras, “parar o tempo”.

 

A fotógrafa Camila Falcão apresenta duas séries fotográficas: Abaixa que é tiro, que retrata travestis e mulheres trans no cotidiano de suas casas; e Onika, que acompanha em fotos o processo de mudanças corporais da modelo Onika. Ensaio da escritora Clara Averbuck acompanha as fotos de Falcão.

 

 

Em 1947, o norte-americano Irving Penn retratou Oscar Niemeyer. Descoberta recentemente, a fotografia é analisada pelo pesquisador Eduardo Costa sob a ótica da relação entre fotografia, arquitetura moderna e indústria cultural, que, no período marcado pela Política de Boa Vizinhança dos Estados Unidos, ajudou a fomentar a produção de artistas brasileiros, entre eles Niemeyer.

 

 

A historiadora Silvana Jeha escreve sobre o arquivo de tatuagens do Museu Penitenciário Paulista. A partir do fim do século 19, funcionários do Estado passaram a fotografar os detentos, registrando inclusive suas inscrições corporais. Inspirados pelas teorias da criminologia positivista em voga na época, os psiquiatras tentavam identificar traços físicos e padrões de comportamento dos presidiários.

 

 

O curador cubano Gerardo Mosquera, no ensaio Para além do México, analisa a obra do famoso fotógrafo Manuel Álvarez Bravo, destacando aspectos pouco abordados da produção do artista, em um esforço de afastá-lo dos rótulos do exótico e de representante de uma suposta identidade mexicana.

 

 

No ensaio O spam da terra, a artista alemã Hito Steyerl aborda a sociedade hiperconectada ao analisar a proliferação de spams retratando pessoas perfeitas. Em contraste, o público a quem essas imagens se direcionam se encontra cada vez mais ameaçado pelo controle e pela vigilância das redes e pelo esfacelamento da representação política.

 

 

A jornalista Dorrit Harazim resenha o livro Um outro Vietnã: fotos do outro lado da guerra (2002), discutindo o  imaginário construído em torno de eventos históricos a partir de imagens do conflito produzidas por fotógrafos vietnamitas do Norte e vietcongues, apresentando ao público novos olhares sobre o evento.

 

 

 

 

 

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