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Eduardo Viveiros de Castro abre exposição fotográfica no SESC-SP neste sábado, 29

Publicado em: 28 de agosto de 2015

Abre amanhã, dia 29, a exposição Variações do Corpo Selvagem: Eduardo Viveiros de Castro, fotógrafo no Sesc Ipiranga, em São Paulo. A mostra, que fica em cartaz até 29 de novembro, apresenta a vertente fotográfica de Eduardo Viveiros de Castro, internacionalmente tido como um dos mais importantes antropólogos da atualidade. São cerca de 400 imagens expostas, de dois momentos de registros fotográficos: a época de estudante de ciências sociais, nos anos 1970, quando Viveiros atuou como fotógrafo de cena do cineasta Ivan Cardoso, retratando artistas como Hélio Oiticica e o poeta Waly Salomão; a formação como antropólogo, quando passou a trabalhar junto aos povos indígenas Yawalapíti do Alto Xingu, os Kulina do Alto Purus, os Yanomami da Serra de Surucucus e os Araweté do Ipixuna. Os curadores Veronica Stigger e Eduardo Sterzi unem esses dois universos através da centralidade que estabelecem à questão da corporalidade – que está também na origem da reflexão antropológica do fotógrafo-antropólogo e que marca todo seu percurso intelectual.

Dois lançamentos de livros tangem a exposição: Onde a onça bebe água, de Veronica Stigger, em coautoria com Eduardo Viveiros de Castro, no feriado de 12 de outubro, às 17h, e Metafísicas canibais, de Eduardo Viveiros de Castro, no dia 28/10, às 19h (ambos publicados pela Cosac Naify). A mostra também promove uma programação paralela, que se espraia do Sesc Ipiranga ao Parque da Independência e a estabelecimentos do bairro – barbeariabares, restaurantes e o Mercado Municipal do Ipiranga. Variações do Corpo Selvagem também promove o seminário Em Torno do Pensamento de Eduardo Viveiros de Castro, que reúne antropólogos e pesquisadores de outras áreas, especialmente do campo artístico, com o objetivo de realizar um balanço do alcance de sua teoria no pensamento contemporâneo. Além do próprio Viveiros, responsável pela conferência de encerramento, participam Patrice Maniglier, Bertrand Prévost, Tânia Stolze Lima, João Camillo Penna, Alexandre Nodari, Marília Librandi-Rocha, Roberto Zular, Pedro Neves Marques, Flávia Cera, Fred Coelho, Renato Sztutman, Pedro de Niemeyer Cesarino, José Miguel Wisnik, Idelber Avelar e Marco Antonio Valentim.

 

 

Bônus: assista aqui à conversa em cinco blocos em que Eduardo Viveiros de Castro comenta fotografias de índios do acervo do IMS, imagens que vão de meados do século 19 até o fim dos anos 1970.

Yuruawï-do no jirau da casa de farinha. Aldeia do médio Ipixuna, 1982

Yuruawï-do no jirau da casa de farinha. Aldeia do médio Ipixuna, 1982

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